Equívocos dos grandes

O preconceito contra o gênero feminino e contra tudo o que ele representa foi baseado, ao longo da história, em achismos. Diversas ideias de filósofos importantes como Aristóteles, Platão e, mais recentemente, Rousseau, denigriam a imagem da mulher. Infelizmente, algumas de suas afirmações preconceituosas permeiam até hoje.

Aristóteles afirmava que faltavam nas mulheres qualidades não só no sentido físico, como também no biológico, no moral e no intelectual. Afirmava também que a mulher não exercia papel importante na reprodução, que apenas servia de abrigo para o "fruto" do homem. Equívocos que a ciência tratou de corrigir. Uma vez que, hoje, chega a ser óbvio que a mulher também age de forma ativa na reprodução.

Já Platão argumentava dizendo que nascer mulher era o castigo de homens que, em outras vidas, foram injustos. Enquanto Rousseau dizia que mulheres têm como único propósito de vida o casamento acompanhado da maternidade.

É importante ressaltar que tais homens, historicamente importantes, não se tornam menos importantes por terem uma visão deturpada em relação às mulheres. Já que, na época dessas personalidades, não se tinha conhecimento científico suficiente, necessário para usar em defesa da mulher. E tão pouco a religião ajudava a pensar de outra maneira, sendo, na verdade, uma das maiores criadoras e propagadoras desse preconceito.

O fato é que, aos poucos, tais pensamentos equivocados foram, e continuam a ser, corrigidos. Não apenas pela ciência, mas também por mulheres como Marie Curie, Hannah Arendt, Olga Benário,

Lou Salomé e muitas outras que deram, e continuam a dar, exemplos da integridade moral e inteligência intelectual do sexo feminino.