O MOVIMENTO IMIGRATÓRIO PARA O BRASIL NO SÉCULO XXI (*)

José Jorge Souza (**)

A nação brasileira constrói paulatinamente sua história fazendo alusão a uma “colcha de retalhos”, envolvendo diversos povos que contribuem expressivamente com a cultura do país. A relação intercultural desta prática advém dos antepassados e perdura na contemporaneidade, tendo em vista a solidariedade expressada por aqueles que foram acolhidos.

O advento do capitalismo estabeleceu um “apartheid” no globo terrestre, provocando um desequilíbrio sistêmico desde as relações sócio-econômicas às catástrofes ambientais, ensejando a continuidade das migrações humanas consolidada numa tríade que influencia na conjuntura mundial e consiste em sobrevivência, tranqüilidade e lucratividade.

As influências do processo imigratório no Brasil a partir do limiar do novo milênio ocasionaram profundas contribuições de caráter sócio-cultural e político na vida cotidiana dos brasileiros. Salienta-se que esse fenômeno é uma resposta natural aos desastres ecológicos, as sucessivas crises do capitalismo e ao modelo sócio-econômico desenvolvido no país no final do século XX, que desencadeou em sua ascensão junto as potências mundial.

Registram-se como fatores preponderantes a criação de novas leis que corrigem a omissão da violação dos direitos sociais e as práticas humanitárias destinadas aos países da África e Sul-Americanos, a exemplo de reconhecer a importância da independência do gás boliviano.

Urge, portanto, a proclamação de uma nova ordem mundial baseada na experiência pluricultural, onde sejam quebradas as barreiras do patriotismo e os seres humanos possam conviver em qualquer nação exercitando a ética da solidariedade como verdadeira construção da cidadania.

(*) Texto apresentado em forma de redação para o Enem 2012

(**) Educador Popular