A separação em sala de aula, o aluno predileto.
Não é raro ouvirmos aquela velha história de que todo professor elege seu aluno predileto, aquele em quem ele deposita toda sua confiança e expectativa. Mas até que ponto essa eleição é saudável?E não me refiro apenas ao “aluno predileto em si”, mas, principalmente, aos outros, aos não prediletos, aos que são excluídos pelo professor por não terem o mesmo potencial do que este ou aquele aluno. De que forma essa eleição por parte do docente pode prejudicar a relação deste com o resto da turma?Não que seja um “pecado” eleger o aluno mais querido, ou predileto, mas o que deve ser observado é a forma como isso se dá dentro do contexto escolar. Se essa predileção torna-se evidente demais,ela pode vim a prejudicar tanto o escolhido,quanto o que escolheu.O aluno “separado”,pode vim a ser estigmatizado pelos outros,por ter uma relação diferenciada com o professor,daí surgem os velhos apelidos,que já são corriqueiros na escola: “Puxa-Saco,baba-ovo”,dentre vários outros que não cabem serem citados.Onde entra o professor nessa história? Ele entra exatamente no ponto em que sua interferência será imprescindível para que esse tipo de situação não ocorra, ele pode sim escolher seu aluno preferido, o chamado “queridinho”, mas, sem interferir na vida acadêmica deste, ou seja, que essa predileção não se torne pública e explícita, para que, os não escolhidos não se tornem mais do que simples “não escolhidos” e passem a ser o pior pesadelo do “eleito”.