Kalúnia 12 -Novos boatos confirmados
NÃO TVENDO
- Programa com a Fátima Bernardes é muito ruim.
Com o Bial então é de correr.
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Jornalismo no interior do Brasil – a picaretagem come
Zulcy Borges – editor e jornalista responsável
No dia 10 de novembro de 2011, a Rádio Itajubá anunciou alegremente em seu noticiário da manhã a demissão do jornalista Antonio Trotta, do cargo de secretário de Comunicação Social da prefeitura local, com JR, um dos seus “repórteres” se convidando no ar para substituí-lo. O fato ilustra o desprezo e verdadeiro terrorismo que falsos profissionais sem curso superior desempenham nos meios de comunicação do interior do Brasil, dominados pelos coronéis políticos da paróquia e seus capangas.
Jornalistas com curso superior sofrem uma verdadeira caça às bruxas da parte de quadrilhas agora mais do que satisfeitas com o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão. Tais indivíduos, aliás, como é notório na Rádio Itajubá - se vendem a qualquer grupo político interessado. De prefrência, no caso, o que está no poder.
Acontece que a Prefeitura de Itajubá resolveu pagar todas rádios locais, à exceção da Rádio Futura, propriedade de um opositor ao atual prefeito, Jorge Rennó Mohallem, para que este falasse toda hora nelas o que bem entende. Ele assim nãotitubeou em blindar sua via rádios Itajubá, Jovem e Panorama , mesmo porque é candidato à reeleição.
Triste realidade
Emblemático, o caso de Itajubá se repete em várias outras cidades do interior de país e mesmo capitais, onde a manipulação da informação através de picaretas acontece sem parada a favor dos donos do poder dos rincões nacionais.
Quando a Lei de Imprensa cobrava a obrigatoriedade do diploma em rádios e jornais, e o seu não cumprimento chegava ao conhecimento dos sindicatos, havia a devida proteção aos profissionais que continuam saindo aos milhares das faculdades. Agora eles estão sem pai nem mãe caso não conquistem uma vaga dourada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília; ou algumas poucas outras capitais do país como Porto Alegre ou Curitiba.
O pior é que existem jornalistas diplomados que dão guarida a este espetáculo grotesco, negociando sua assinatura em qualquer papel impresso, apesar dela agora já não valer mais nada. Tais jornalistas formados - que só escrevem o nome – abrem espaço às assessorias de imprensa, do jornalismo só a favor quando não mera propaganda.
Com isto ficamos: de um lado com a imprensa chapa branca, de outro com a chapa fria, o que torna a primeira cada vez mais reconhecida tanto na área pública como privada, mesmo que comandadas por diplomatas, políticos, relações públicas, publicitários e daí para baixo. Quem perde é a informação e o público.
A obrigatoriedade do diploma não é talvez o instrumento necessário para sanar esta situação. Mesmo porque foi a forma insidiosa que a ditadura militar encontrou, além da perseguição pura, para afastar dos comandos das redações o jornalismo que lhe fazia oposição. Mas algo deveria ser feito, por exemplo, colocar em prática os Conselhos Estaduais de Comunicação, o que só vem aco
ntecendo no Ceará.