A DESCOBERTA!

A descoberta

Deixei por dias de parar no tempo e ler algumas linhas de meu cotidiano. Não havia pressa, o texto, as letras estariam lá quando meu desejo fosse maior que minha preguiça. E hoje, com a madrugada se aproximando, paro e pego aquele objeto tão meu e tão para todos também e me dedico a examinar suas palavras. Sou curiosa e com isso aprendo sempre, mesmo não estando estudando regularmente.

Seguia com a leitura cada vez mais encantada com a fluência, a inteligência contida ali nas palavras tão bem colocadas e por vezes dúbias. E com o passar das frases, me surpreendo com declarações veladas, sutis, compreensíveis para poucos e com as descobertas que me fazem sorrir pelos segredos ali revelados e nunca ditos frente a frente. Gostos similares, detalhes meus e teus. Ler, ler-te, sentir-te através desses momentos, são parte de uma rotina, seja a hora que for. E cada vez me encanto mais. Quando não temos um confessionário confiável, é através de labirintos, caminhos distorcidos, fios invisíveis, solidão noturna, que colocamos nossa alma exposta, para poucos a verem, e menos ainda, entenderem. Quem nos conhece, nos encontra. Sorri ou chora com nossos desabafos, mas estão sempre por “perto”, mesmo sem anunciar. Adorei a leitura.

Irene Freitas

02/07/2012

irenefreitas
Enviado por irenefreitas em 02/07/2012
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