Para sempre meu
Não acreditava nos meus olhos. Felipe estava beijando outra. Por quê? Eu não era suficiente? Sei que não estávamos juntos e que meu sentimento não era recíproco, mas ele é meu. Somente meu!
Conhecia o Felipe desde criança e sempre fui apaixonada por ele. Tornamos-nos melhores amigos e ficávamos juntos o tempo todo. Até que no ensino médio, uma garota entrou na escola. Gabriela.
No começo, não achei que ela fosse uma ameaça. Achei errado. Gabriela era uma cobra por natureza, ela se aproximava devagar. Quando Felipe caiu na sua armadilha, ela deu o bote e depositou nele seu doce veneno.
Meu amado amigo começou a se distanciar. Não podia deixar-lo ficar longe de mim e não iria deixar. Felipe era meu, ela nunca ficaria com ele!
Fiz de tudo para separá-los. Mandei cartas anônimas e ameaças, mas ela nunca o abandonava.
Minha raiva chegou ao auge quando os vi beijando. Raiva, ódio, ciúmes, morte... Era só nisso que conseguia pensar e cheguei a uma conclusão, o único jeito de separá-los era a morte.
Gabriela era muito ingênua. Fiquei amiga dela aos poucos e na primeira oportunidade a empurrei escada abaixo. Ouvi seus ossos quebrarem e seus gritos agonizantes com um sorriso debochado no rosto, porém, não tinha acabado.
A pobre garota desastrada foi parar na CTI e fiz uma visitinha. Gabriela estava cheia de cabos presos no seu corpo, chegava a ser digna de pena. Sem dó e sem êxito cortei todos os fios que a uniam com a vida.
Estava feito. Felipe era meu, para sempre.