O desafio de combater o bullying é da família, da escola, das autoridades e de todo cidadão socialmente responsável

Agressão moral. Esta expressão não carrega em seu sentido a realidade de várias crianças e jovens que são vítimas das práticas de bullying, reféns do silencio. A situação é agravante, complexa e possui vários responsáveis.

O real significado que o vocábulo bullying carrega vai além da agressão física e dos transtornos psicológicos incalculáveis. Seu âmbito de atuação abrange os atentados contra a moral, a identidade, os valores dos indivíduos. Além de tornar a vítima fragilizada no território da emoção, com o sentimento de impossibilidade de superação e incapacidade de defesa. Em muitos casos, o jovem que sofre com o bullying busca a opção da violência para sua defesa e se rebela contra inocentes como forma de compensação, de vingança, ou até mesmo entra em conflito com sua própria existência, cometendo suicídio na tentativa de fuga da problemática. Um exemplo característico ocorreu recentemente no Rio de Janeiro, o jovem Wellington Menezes assassinou em torno de 20 alunos e depois matou a si mesmo numa escola do interior do Estado.

Frequentemente observam-se novos casos de diversão psicológica para um ou para um grupo, baseados na aversão ou depreciação de determinadas características de outros, como a sociabilidade, peculiaridades físicas, habilidades que divergem de estereótipos socais. Hoje contabilizam-se: 3 em cada 10 estudantes sofrem bullying. Tendo conhecimento dos efeitos, muitas escolas propõem projetos de combate e outras já atuam efetivamente com medidas diretas de punição dos agressores.

Atitudes como estas não devem ficar restritas ao ambiente escolar, o movimento tem que tomar força e maior proporção, avançando entre todas as camadas sociais, promovendo a adesão das autoridades para a fiscalização e cumprimento eficiente de uma legislação mais punitiva a nível nacional. Além do apoio fundamental da instituição família na formação dos seus filhos com valores de cidadãos socialmente responsáveis e aliado a uma educação de qualidade que também repasse para os alunos a ética, a cidadania, o conhecimento legal da igualdade Constitucional. A seriedade com a qual se trata o assunto no presente garantirá um futuro mais tranqüilo e harmônico para população em geral, promovendo uma vivência que, de fato, caracterizará uma sociedade mais justa, com equidade e aos moldes da democracia.

Karen de Araújo
Enviado por Karen de Araújo em 09/06/2012
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