Na correnteza até a cachoeira
Brasil parece que só tem um assunto desde abril até agora, sobre a relação entre o Sr. Demóstenes Torres, e inúmeros políticos, com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Sinceramente estou cansado do assunto. Primeiro, por odiar a política. Segundo, por estar em cena a mesma questão, da imoralidade na gestão pública, dos favores, coisas que nunca saíram de pauta na política brasileira.
Esse texto pode parecer um pouco confuso no seu desenvolvimento, mas é porque estou escrevendo mais com a emoção do que com a razão.
Por que eu odeio a política? Por que eu gosto do Direito, e até onde tenho visto, a política tem sido o maior instrumento de desrespeito ao Direito. Basta ler o projeto da Lei Geral da Copa, onde se encontram verdadeiros absurdos atentatórios contra inúmeros princípios constitucionais.
Embora conhecendo o princípio da presunção de inocência, para uns vários membros do Poder Legislativo e do Executivo, deveria existir a inversão do ônus da prova, deveriam eles provar que são inocentes.
Vi muita gente criticando o Sr. Marcio T. Bastos, pelo valor de honorários cobrados para defender o Cachoeira, de R$ 15.000.000,00, e também acusações de que teria recebido dinheiro do crime como pagamento. Oras, em primeiro lugar, acusados que podem pagar uma quantia vultuosa em honorários, devem pagar. Uma das coisas que aprendi é que se deve cobrar muito bem de quem pode pagar. Segundo, se todo advogado criminalista que receber pagamento em dinheiro oriundo do crime, for denunciado e processado, então será 99% deles. Dessa forma, a maioria dos advogados criminalistas teria que trabalhar de graça para não ter a possibilidade de receber dinheiro do crime. Não apenas os criminalistas, mas também aqueles que defendem réus em processos por improbidade administrativa.
Acho que deixei aqui meu desabafo sobre a situação. Em 2006 publiquei um texto sobre a situação política no Brasil, e é perceptível que apenas mudam os personagens, a temática é a mesma.