Historieta: Felisbina e o encontro... (Capitulo XVI)

Aquele mês passou ligeiro e antes que André pudesse imaginar ele já se encontrava a caminho do Brasil.

Acompanhado por um amigo português. Desembarcaram no Rio, seguiram para o hotel e saíram apresado em direção a casa de Alice.

Dona Francisca não voltara para a fazenda para estar presente no desenrolar dessa história.

O amigo de André se chamava Antonio e assim que pôs os olhos em Felisbina ficou por ela encantado.

André e Alice se entenderam rapidamente, mas logo ouviram um burburim na sala de estar, era Felisbina muito brava.

_ O que houve Felisbina?

_ Esse moço foi desrespeitoso para comigo.

_ O que foi que ele fez? Perguntou Alice e dona Francisca ao mesmo tempo.

_ Ele me disse que sou uma bela “rapariga”! E eu lhe disse que sou moça direita, mas ele insistiu em me chamar de rapariga...

Alice, André e dona Francisca não agüentavam de tanto rir.

Antônio não entendia o motivo da brabeza da moça, ou melhor, da rapariga e as risadas do pessoal.

Assim que Alice se acalmou ela explicou para Felisbina que “rapariga quer dizer moça”.

Felisbina ficou rubra de vergonha e o jovem Antônio se divertiu se fazendo de ofendido com a atitude da moça.

_ Desculpe-me, mas por que você não fala direito?

_ Eu falo! É você que não entende direito.

_ Agora, você vai me chamar de ignorante também?

_ Não! Oh, Deus! Como vou me fazer entender por você?

Todos já haviam se retirado para outras partes da casa, então Antonio chegou mais perto e sapecou um beijo em Felisbina, que sentiu-se desfalecer, com custo o afastou e saiu correndo para o seu quarto e lá permaneceu até que todos tivessem partido.

Antonio assim que saiu em companhia de André lhe disse:

_ Você vai me ajudar a casar-me com sua amiga.

_ Como?

_ Eu acabei de encontrar aqui no Brasil o que eu vim buscar.

_ E o que é? Perguntou André rindo, já que nunca tinha visto o amigo com ninguém.

_ A rapariga Felisbina!

_ É melhor chamar ela de moça. Mas o que houve?

_ Eu a beijei e sei que ela é a mulher da minha vida. Assim fica claro não fica?

_ Você foi mais rápido que eu! Eu só recebi abraços e beijos no rosto...

_ Você me ajuda? O que devo fazer?

_ Peça ela em namoro.

_ Não! Eu quero pedir a mão dela. Por que você não faz o mesmo?

André ficou pensando e viu a certeza do amor estampada no rosto do amigo, pensou se Felisbina corresponderia e se ele pedisse a mão de Alice será que ela corresponderia, será que ela gostava dele mesmo.

Continua...