Historieta: Felisbina e o casamento... (Capitulo XI)

Felisbina era uma ótima observadora e uma excelente conselheira, foi assim que se meteu nos acertos do casamento de Alice sua patroa na cidade.

_ Dona Alice a senhora gosta mesmo desse moço, o seu Rafael?

_ Me chame de Alice, Felisbina! Pediu Alice e continuou.

_ Não sei!

_ Como você vai se casar com ele, se você não sabe se gosta dele?

_ Nossos pais fizeram um acordo quando nascemos e eu estou prometida a ele...

_ Como se pode prometer o coração de alguém a outra pessoa?

Alice riu e perguntou:

_ Felisbina, você já namorou alguém?

_ Não! Eu estou esperando aquele que Deus vai me enviar, mas de uma coisa eu tenho certeza, eu o amarei e ele me amará.

_ Como pode ter tanta certeza disso?

_ Porque o amor deve ser sempre a razão única para uma união seja agradável aos olhos de Deus.

_ Você acha que os casamentos combinados não agradam a Deus?

_ Quando a única razão deles ocorrerem é o interesse financeiro, não!

_ Mas existem casamentos que dão certo.

_ Quando o amor aparece, mas muitas vezes é a conveniência que impera, e isso que vemos como lindo e bom é apenas aparente e não real.

_ O que você acha que devo fazer?

_ Converse com sua mãe e com o seu Rafael, pois ele também parece não querer casar-se?

Alice seguiu o conselho e em pouco tempo o acordo estava desfeito. Rafael feliz e livre casou-se poucos meses depois com uma outra moça.

Dona Francisca relembrava o passado e sente imensas saudades de sua irmã Ana – cujo vida foi um segredo.

Continua...