CARROÇA, CARROCEIRO. TRADIÇÃO OU PERSISTEÊNCIA?
TRABALHO
ALUNO: EDER COSTA
DATA: O8 de Maio de 2012
TITULO: Frederico, um neto de carroceiro. Transformação ou seguir uma tradição
Estamos no mês de abril de 2012, um período em que a tecnologia vem avançando ao nosso redor com seus aparelhos que até mesmo invadem a nossa privacidade, porém se tornando essenciais ao nosso viver diário. Cameras digitais de alta tecnologia, tablets, notebooks e até a velha amiga do lar nossa televisão ganhou contornos menores, e uma tela muito maior hoje já existem com até 55 polegadas nos proporcionando assistir nossos já nem tão velhos programas de televisão; os novos aparelhos nos permitem conectar nosso computador e navegar pela Internet usando os como tela ou nosso pendrive para ouvir nossas musicas, as quais trazemos sempre ao nosso lado embutidas nas nossas lembranças, neste pequeno acessório não importando onde estejamos, utilizando o pendrive como mp3 ou mp4 ou gravados em nosso aparelho celular. Neste período memorável de novidades em minha vida tenho a oportunidade de estudar na Puc-Mg, matriculado no curso de Ciências Sociais o que me leva a ampliar o meu olhar levando-me a preocupar com a sociedade à qual estou inserido, passando a observar o cotidiano de muitos ao meu redor inclusive ou principalmente os vizinhos e parentes que me são mais próximos. Agregando a este conhecimento teórico que venho absorvendo, passei a observar uma família vizinha, de poucas posses, com a visão aparente da pobreza cujo patriarca o “seu” José como é chamado por todos conseguiu criar uma família com sete filhos dois hoje falecidos, no lombo de uma mula e sua carroça.
Estou usando como técnica a observação diária e entrevistas esporádicas, produzindo uma espécie de relatório narrativo e informal usando as citações fornecidas pelo José sobre a vida de sua família que podem ate ser ilustradas com fotografias caso necessário. Existe a dificuldade de controle sobre o fato em si pois existe sempre o questionamento sobre “como” ou “porque” ao observar os acontecimentos coercivistas no entorno do Fred, - um garoto que iremos conhecer - um caso atual analisado dentro de um contexto de vida real e sem possibilidade a principio de intervenção objetivando uma mudança de construção primaria na sua vida.
O que pretendo com este trabalho é buscar uma forma de mudar a influencia dos mais velhos nos círculos familiares que transportam em sua interiorização “tradições familiares” que de alguma forma não acompanham o desenvolvimento da cultura em geral, da tecnologia e até mesmo do desenvolvimento natural que nossos filhos já trazem dentro de si ao nascer, e que os deixa prontos para sobreviver diante da tecnologia e as novas formas de sobrevivência na sociedade.
Estes comportamentos que visualizo no jovem Fred e seus familiares vem de encontro aos objetivos da teoria de Vygotsky que são:
Caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipóteses de como essas características se formam e de como se desenvolvem durante a vida do indivíduo. (Vygotsky, 1996:25)
Eis algumas das assertivas de sua teoria:
a) o homem é um ser histórico-social ou, mais abrangentemente, um ser histórico-cultural; o homem é moldado pela cultura que ele próprio cria;
b) o indivíduo é determinado nas interações sociais, ou seja, é por meio da relação com o outro e por ela própria que o indivíduo é determinado; é na linguagem e por ela própria que o indivíduo é determinado e é determinante de outros indivíduos.
c) a atividade mental é exclusivamente humana e é resultante da aprendizagem social, da interiorização da cultura e das relações sociais;
Quero falar finalmente do Fred um belo menino de sete anos, saudável à vista, que estuda de manha na Escola Municipal Geraldo Magela bem perto de nossas casas. O pai do Fred é o Roni, terceiro filho do José. Já tem três filhos o Frederico e mais duas meninas ou seja Fred é o único homem da nova geração ali naquele lar. Quanto ao estudo o José– o avô - estudou ate a quinta série com muita dificuldade, e o Roni, o pai do Fred estudou ate a sexta serie e nunca gostou muito de estudar. Hoje ele fabrica carroças que aprendeu ao viver lado a lado com o pai e também vive dessa profissão.
Tendo em vista a visão teórica desse tipo de comportamento social por mim observado, referindo-se ao Fred e sem ter a possibilidade de interferir no relacionamento dele com seus familiares - o pai e o avô – permanecerei incomodado procurando na teoria e na orientação e apoio de minha professora após tomar conhecimento deste meu problema para chegar a uma conclusão que possa ser útil à criança.
E onde fica o Fred quando esta em casa? Ao lado do pai ajudando a fabricar carroças da mesma maneira que seu pai passou a infância.
Considerando que este menino com 7 anos passa parte de seu tempo em casa, ao lado do pai, que já não estudou muito, trabalha como carroceiro em horas vagas, o que herdou do pai o seu José, de alguma forma se aperfeiçoou e agora é construtor e reformador de carroças para tração animal, surge meu questionamento.
Como um carroceiro percebe o aprendizado de seu filho?
Como a maioria das historias o avô, seu José veio do interior em busca de uma vida melhor ainda menino. Eis as palavras dele quando lhe perguntei movido pela curiosidade do sociólogo já em mim instalado de como começou esta vida que terminou neste trabalho de carroceiro.
“Certo dia num passado já um pouco distante, um vizinho de seu tio, que o acomodou quando veio do interior, mais exatamente Ponte Nova-Mg, se dirigiu a ele dizendo: ô menino, o que você está fazendo?
Nada, ele disse.
Quer me ajudar a empurrar o carrinho, depois te dou uns trocados.
Vou sim.
“Fui lá tirei a “precata” avisei pro tio e fui descalço mesmo ajudar o moço. E assim comecei a ganhar o meu dinherinho. Levantava cedo ia pro Mercado Velho onde empurrava o carrinho até lá na Feira dos Produtores que era em frente a rodoviária que por sinal hoje mudou muito aquilo lá; nem tem a feira mais.
Meu dinherinho sempre bem dobradinho numa bolsinha e guardado no lugar seguro de sempre, bem pertinho da minha virilha; meu tio sempre falando pra mim ir embora pra cuidar do pai, “eu acho que é porque ele já tinha muitos filhos e eu era uma boca a mais” mas eu insistia em ficar por aqui mesmo.
Percebi que já estava bem grande e mais forte e dava conta de puxar o carinho por minha conta e pensei em parar de empurrar para o vizinho. Agora já estava com meus quinze pra dezesseis anos; empurrava o carrinho de dia por mais algum tempo e aluguei um onde eu transportava por minha conta verdura e legumes a noite e da mesma forma pagava alguém que ajudava a empurrar. Todo mês colocava dinheiro num envelope de carta com umas palavrinhas para o meu pai, dizendo que “estava tudo bem comigo, que ele não precisava preocupar” e assim sempre mandava um bom dinherinho pra o eles lá na roça. “De vez em quando estava cansado demais para ir pra casa, encostava o carrinho debaixo de uma marquise ali na região da Praça da Estação Ferroviária, perto do famoso Café Palhares que ficava exatamente na esquina da Av. Amazonas e Rua da Bahia e por ali dormia dentro do carrinho com meu dinherinho bem guardado no lugar de sempre e nunca aconteceu nada de ruim comigo”.
Fui crescendo mais e passei a trabalhar por minha conta em tempo integral; nesta época conheci minha hoje esposa e quando eu fiz “dezenove anos nos casamos” e comprei uma casinha na região do Bairro Vista Alegre. Trouxe meus pais para a cidade e a esposa ainda novinha me ajudou a cuidar deles por uns dez anos, ate que morreram primeiro ele que sofreu um derrame depois ela. Durante esse tempo eu larguei o carrinho e comecei a trabalhar num sitio em Igarapé; eu ficava a semana lá trabalhando e no fim de semana os donos do sitio que moravam na cidade iam pra lá e eu vinha pra casa.
Vendi meu terreninho lá e comprei um aqui no Bairro Cachoeira, tinha já comprado um cavalo e uma carroça , mas depois aprendi a construir carroças de peça em peça. Eu ia olhando a carroça que tinha e com habilidade fui copiando ate montar minha primeira carroça daí por diante construía e vendia minhas próprias carroças.
Um fato interessante é acrescentar que o seu José sempre criou um bode e umas cabras que ate ajudam com seu leite na alimentação das crianças. No Parque Municipal Américo Renné Giannette na região central de Belo Horizonte tem uma atração turística para as crianças que é andar numa carrocinha puxada por bodes. O seu José já foi por muitos anos o fornecedor de animais para o empresário que explora aquele serviço turístico. Ele possui em sua casa que ele mesmo levantou, uma daquelas carrocinhas e também uma canga pequena ambas produzidas por ele próprio as quais cada uma por sua vez atrela ao bode e vai ladeado pelo Fred até o mercado buscar verduras e legumes que ganha já que é muito amado na região central onde tem o seu ponto com a carroça e assim contribui para a retirada do “lixo aproveitável” destes sacolões.
O espaço em que o Fred passa boa parte do seu tempo em casa é um espaço no formato de um funil todo cercado com madeira com aproximadamente 15,00 x 3,00 mts. Uma parte fechada e coberta esta a mais larga, onde encontramos uma maquina de moer capim para o alimento dos animais, a mula, o burro, o bode e as cabras e três coelhas pois o macho fugiu e desapareceu. Um carro que o Roni é o dono e conseguiu com troca de carroças que construiu e mais algum dinheiro utilizado na catira, o redil onde habitam os caprinos que fica a um metro do chão, cuidado necessário para a preservação da saúde dos animais pois se ficam em contato direto com o chão, suas fezes e urina, adoecem; pegam uma doença conhecida como “papeira” , que é causada pela deficiência de iodo , também conhecida como papo ou bócio, quando o animal para de alimentar-se e vai definhando até a morte. O fornecimento de sal iodado previne a ocorrência dessa doença. (npgc.embrapa.br/tecnologias/quersabermais/500p/P385.html)
Um corredor para circulação das pessoas que sai direto na porta da cozinha da residência. Segue uma parte descoberta uma espécie de oficina onde o pai constrói ou reforma as carroças onde tem uma casa de cachorro com o cachorro da família chamado de Beirute, bem bravo com os desconhecidos. Tem também sempre uma carroça desmontada, ali a mula descansa, tem a cancela feita de arame por onde entra o carro, e a mula com a carroça ao anoitecer e mais um espaço menor também coberto onde fica a mula quando chove e protege as coisas que ali se encontra tais como alguns objetos recicláveis, o corpo da geladeira velha que vira carrinho de mão, o outro fundo de geladeira agora colocado do lado de fora que é utilizado com cocho para alimentar a mula e o cavalo, ferramentas etc. Neste espaço se misturam pessoas e animais na mais estreita convivência. O cheiro é de estrume de cavalo, de bode, de coelho, restos de frutas e vegetais e capim moído.
. A casa fica bem próxima da rua que não tem passeio pra o transito das pessoas e segundo seu José é terreno invadido mas ele comprou por sessenta mil mais dois burros e uma carroça. Na rua tem um grande movimento de caminhões que transportam tijolos, areia, argila para e de uma olaria na região, além de veículos dos moradores e viaturas de uma unidade do Ceresp- Centro de Reabilitação e Socialização de Presos que fica a poucos quilômetros de nossas comunidade. O Fred apesar do tamanho, já conduz bem uma carroça e não perde a oportunidade de estar ao lado do avô, e quando montado no burro mesmo a pelo nu, tem controle absoluto sobre o animal algo que muitos adultos não conseguiriam realizar dentre os quais me incluo. Este é o momento em seu crescimento que o Fred deveria estar interiorizando coisas de criança, brincando segundo Vygotsky com brinquedos do “faz de Conta”(Marta, 2008) onde embora viva uma situação imaginária é uma atividade regida por regras e a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado.”(p.67) mas ali ao lado do pai, ele não encontra estes brinquedos e aliás observando bem não visualizo nenhum brinquedo naquele espaço.
O objetivo dessa pesquisa é mudar o foco do comportamento social familiar onde ao comparar com as referencias teóricas irei buscar soluções praticas e objetivas que possam transformar a conservação das tradições familiares sem entretanto eliminá-las, porém, incentivando o pai cheio de hábitos naturais adquiridos, de desprezar o estudo, cultivar uma ignorância inata a se transformar, a aperfeiçoar seus conhecimentos através do estudo, da convivência com o saber, participar de oficinas teóricas e de interação com a evolução de forma a transformar o seu modo pratico de realizar e assim ele certamente irá ampliar sua visão e enxergar no filho uma maneira de aperfeiçoar seus métodos tradicionais. Em meio a tudo isto fazer o pai enxergar também a necessidade do estudo no momento atual e vê-lo desejar que seu filho e as outras duas filhas estudem e assim visualizar também um futuro melhor para ele que estará idoso e fora de atividade desfrutando do saber dos filhos eliminando esta tradição familiar de deixar de estudar e investir na produção de carroças e viver com o trabalho da tração animal. Enfim conseguir enxergar crescimento pessoal investindo no próprio desenvolvimento pessoal e estender toda esta mudança aos filhos.
Buscarei outros estudos, dados teóricos que possam contribuir de forma cientifica para o acréscimo aos fatos que posso empiricamente visualizar, intercalando tudo isto com bases comprobatorias e verídicas visando uma contribuição a partir dos fatos gerados no seio desta família, transformando o comportamento deles e servir de exemplo já visualizando o Fred adolescente, estudioso numa faculdade defendendo outras teses de importância no desenvolvimento familiar e influenciando outras famílias próximas dele e transformando em nosso País este aspecto social de coerção vinda de tradições que serão sempre ultrapassadas por acontecimentos novos trazidos pelas próprias gerações. Vejo portanto que o relacionamento familiar, a observação, a comparação com outros estudos as experiências pessoais encontrando formas de ultrapassar sabiamente a negação a novos fatos, tão naturais nos indivíduos irá contribuir mesmo que tenhamos que postular novas hipóteses, mas buscando sempre este objetivo único de transformar o comportamento coercitivo da tradição familiar em comportamento evolutivo de crescimento individual onde o saber terá seu lugar no patamar do seio familiar. A busca nas teorias será um principio fundamental nesta pesquisa, pois através dela receberei a orientação necessária com base cientificamente firmada que é sim possível transformar hábitos gerados por tradições passadas de pai para filho de geração em geração e transforma-los em um grande benefício para a nação.
Minha observação é freqüente, as entrevistas são curtas e rápidas feitas naturalmente em nossos encontros na rua ou quando passo e ele – o José – esta em seu ambiente de trabalho alimentando seus animais e as perguntas são formais sem um método de rigidez especifico ou pré estabelecidas. Ele fica muito feliz quando estamos conversando e já existe entre nós uma confiança mutua. Em outro momento fiz uma espécie de livro de sua vida em forma de apostila onde registrei todas as informações que ele havia me passado sobre sua vida o que acrescentou confiança ao nosso relacionamento de vizinhos. Contrastar esta simplicidade no relacionamento com a rigidez metodológica dos ensinamentos teóricos adquiridos e transforma-los numa excelente pesquisa qualitativa trazendo um resultado global de grande utilidade no desenvolvimento familiar.
. Na faculdade em uma das matérias e neste acrescentar mais saber ao meu intelecto conheci Vygotsky. Lev Semenovitch Vygotsky , um importante psicólogo bielo-russo que nasceu em Orsha, no dia 17 de Novembro de 1896, e faleceu em Moscou, no dia 11 de Junho de 1934, ainda jovem aos 37 anos. “Desde 1920 conviveu com a tuberculose doença que o levaria a morte.” (Kohl, p 20)
Pensador importante em sua área, foi pioneiro na noção de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida. Foi um grande estudioso, sua família de acordo com os escritos de Marta Kohl era considerada “uma das mais cultas da cidade”. A casa tinha uma atmosfera intelectualizada, onde pais e filhos debatiam sistematicamente sobre diversos assuntos. A biblioteca do pai estava sempre a disposição dos filhos e de seus amigos para o estudo individual e as reuniões de grupos.” (p. 19)
Viveu pessoalmente a Revolução Russa de 1917, e em seus estudos incluiu as obras de Karl Marx e Friedrich Engels. Observou bem as proposições teóricas do materialismo histórico e propôs a reorganização da Psicologia, ao que denominou como "psicologia cultural-histórica".
Marta Kohl acrescenta que “ Um conceito central para a compreensão das concepções vygotskyanas sobre o funcionamento psicológico é o conceito de mediação. Mediação em termos genéricos, é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação então deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento.” (p. 26)
Na teoria, de acordo com as palavras da Marta Kohl de Oliveira no livro Vygotsky aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio histórico p., 59 onde ela chama a atenção para o fato de que “para compreender adequadamente o desenvolvimento, devemos considerar não apenas o nível de desenvolvimento real da criança, mas também seu nível de desenvolvimento potencial, isto é , sua capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes. Há tarefas que uma criança não é capar de realizar sozinha, mas se torna capaz de realizar se alguém lhe der instruções, fizer uma demonstração, ou der assistência durante o processo”.
Outra idéia fundamental na teoria de Vygotsky é sua atribuição de importância extrema à interação social no processo de construção das funções psicológicas humanas. “ O desenvolvimento se dá num ambiente social determinado e a relação com o outro , nas diversas esferas e níveis da atividade humana, é essencial para o processo de construção do ser psicológico individual. (p.60)
Portanto segundo Vygotsky “ a zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão , mas que estão presentemente em estado embrionário (Vygotsky, p. 97)
Durkheim diz o seguinte a respeito da educação na sociedade:
“Em cada sociedade define-se um "ideal humano" certo, um ideal do que uma pessoa deve ser a partir dos pontos intelectual, físico e moral; este é o ideal cerne da educação. A sociedade pode subsistir "somente se houver homogeneidade suficiente entre os seus dos membros”. A educação perpetua e reforça essa homogeneidade inculcando no mente da criança as relações fundamentais exigidas pela vida em comunidade. Através da educação, o "ser individual" é transformado em um "ser social". Esta homogeneidade é, no entanto, apenas relativa nas sociedades caracterizadas por uma divisão de trabalho, maior a diferenciação e a solidariedade entre os vários tipos de ocupação, mais um certo grau de heterogeneidade é necessário. Chegamos assim à seguinte definição: a educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda não estão prontos para a vida social. Seu objetivo é despertar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais que são exigidas dele, tanto pela sociedade política como um todo ou por um ambiente específico para o qual ele é particularmente destinado.” Conclui-se da desta definição que a educação consiste de uma socialização metódica da geração da criança. (Durkheim, Educação e sociologia, p. 51)
Aqui já encontro alguns princípios básicos que em minha observação não são cumpridos quando se trata da educação primaria do nosso jovem objeto e os primeiros passos para elaboração de uma boa pesquisa a este respeito, o que é meu objetivo primordial.
OBS: Os nomes dos atores, são fictícios.
Bibliografia
DURKHEIM, Emile, As regras do método sociológico. São Paulo, Ed. Martin Claret, 2002.
OLIVEIRA, Marta Kohl de Vygotsky Aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio historico. São Paulo; Scipione, 1993
EMBRAPA http www.npgc.embrapa.br/tecnologias/quersabermais/500p/P385.html
VYGOTSKY, L. S. (1996). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 5.ed. São Paulo (Brasil): Martins Fontes.