FACEBOOK: MERCADO E INTERAÇÃO

O período histórico em que a humanidade se encontra é a pós-modernidade: a era “inter”. Um tempo em que a atenção está voltada para os avanços da tecnologia, possibilitados pela internet, e, dentre os aspectos positivos desse fenômeno, pode-se destacar o pluralismo cultural, a interculturalidade, a interatividade, a interrelação, internacionalização de informação, a interdisciplinaridade e a integração das artes e, principalmente, dos meios comunicativos.

A dinamicidade e facilidade promovida pela Internet possibilita avanços de ordem econômica e social. Comprar e vender agora ficou mais fácil. A comunicação ficou mais interativa e, apesar de ter aumentado a distância física entre as pessoas, aproximou as fronteiras, virtualmente falando, a partir das redes sociais, como o Facebook, por exemplo. Além disso, essa expansão das redes sociais gerou também o desenvolvimento de um novo tipo de mercado: o mercado virtual.

O Facebook, devido ao seu intenso crescimento nos últimos anos, tem impulsionado muito esta nova economia. Tudo começou em outubro de 2003, com a criação do Facemash.com, um projeto pessoal do estudante norte-americano Mark Zuckerberg, que usou fotos de centenas de universitárias, encontradas em sites oficiais de Harvard, para criação de um website, onde escolheriam fotos das meninas mais sexys da faculdade entre duas opções disponíveis por vez.

A criação serviu para mostrar a Zuckerberg o potencial de uma grande ideia que, em menos de um dia, foi acessada por mais de 400 estudantes diferentes e recebeu 22.000 mil votos. Não foi apenas um incidente. O Facemash possibilitou que centenas de pessoas tivessem acesso uma mesma informação, compartilhada online.

No livro, “Bilionários por acaso: a criação do Facebook – uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição”, de Ben Mezrich, o autor afirma que a singularidade do Facemash foi levar a pessoas conhecidas fotos de pessoas também conhecidas, até pessoalmente: “Eles não poderiam criar um site que oferecesse exatamente aquilo? Uma comunidade online de amigos, de fotos, perfis, que você pudesse clicar, visitar. Tipo um network – mas um que fosse exclusivo, no qual pudesse conhecer a pessoa ali do site e conversar com ela” (MEZRICH, 2009, p. 66).

A partir do Facemash, surgiu uma nova oportunidade. Em fevereiro de 2004, Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes lançaram a rede social Facebook, em um simples dormitório da Universidade de Harvard, em Massachusetts. O site cumpria exatamente o modelo do que Zuckerberg tinha em mente, algo próximo da vida real das pessoas, porém online. E poucos meses depois, já tiveram que se instalar em um escritório em Palo Alto, devido à repercussão do serviço gratuito e demanda por novas implementações.

Interessante perceber que por um acaso, por um desejo de vingança, de se enturmar e de interagir com os colegas, o idealizador do Facebook acabou se tornando um dos homens mais ricos do mundo. Por uma distração e por ter também pessoas que investissem neste provável grande negócio, que no final acabou sendo mesmo, e, melhor, investimento com retorno em curto prazo.

Essa nova rede social tornou-se um excelente negócio, pela promoção de marcas em suas paginas, e outra grande forma de interação com outras pessoas, possibilitando o compartilhamento de dados pessoais, de vídeos, fotos, com uma privacidade maior que os outros sites deste tipo. Porém, falar em privacidade na rede é algo um tanto inocente, porque a internet é mundo de ninguém e em que todos têm acesso, inclusive informações que podem ou não serem verdadeiras, válidas.

Mas, deixando essas situações de lado, é inegável o papel do Facebook enquanto promotor de vendas, neste imenso e dinâmico mercado online, e enquanto ponto interativo de informações, muitas vezes em tempo real, proporcionando contato gratuito, ainda que distante, entre amigos, conhecidos, amores, contatos profissionais, etc.

Nesta perspectiva, o avanço da tecnologia atrelado ao crescimento do número de usuários da rede social em questão, auxilia imensamente na criação de novos mercados, de novos negócios, além de possibilitar o intercâmbio de pessoas e gerar novas formas de relacionamento, seja pessoal, cultural ou Professional.

REFERÊNCIAS:

MEZRICH, Ben. Bilionários por acaso: A criação do Facebook, uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição; tradução Alexandre Matias. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2010.

Manual do Facebook. Arquivo Público do Estado de São Paulo.

ANA CLAUDIA SILVA FONTES
Enviado por ANA CLAUDIA SILVA FONTES em 04/05/2012
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