O sofrimento do professor
Embora se fale que a profissão de professor é importante, na prática, o que vemos é que os professores não são realmente respeitados como deveriam. Além de enfrentar problemas como carga horária, muitas turmas para ensinar e salários que não condizem com o trabalho que desempenham, os professores encontram muitos outros motivos para se sentir desmotivados em exercer a docência.
Atualmente, alunos são muito indisciplinados e não prestam atenção à aula, conversando, distraindo-se com atividades que não têm nada a ver com o assunto que está sendo explicado e, se o professor pede silêncio, os alunos não o atendem, como se não lhe dessem importância. Devido a isso, os docentes se perguntam se vale a pena se esforçar em transmitir a matéria enquanto os estudantes parecem zombar deles ou considerá-los tolos.
Há a questão de que tem aumentado os casos de agressão física contra os que praticam o magistério. Alunos rebeldes não gostam de ser corrigidos e, se o professor lhes chama a atenção, podem atacá-los perante os demais, desafiando sua autoridade. Se os pais desses alunos são inteirados do fato, não tomam as providências. Isso é um reflexo de que muitos jovens não são educados para respeitar os outros e, consequentemente, não pensam que devem obedecer ao professor.
É preciso que se entenda que o professor precisa de apoio para desempenhar sua função com mais eficiência. Do que adianta tentar explicar a matéria a alunos que não lhe dão atenção, zombam dele ou o agridem fisicamente? O professor tem o dever de educar, mas o direito de ser respeitado e protegido. Alunos não podem se sentir livres para agir como querem sem medo de ser corrigidos. Os pais e a direção das escolas devem se unir aos professores para que os jovens, além de aprender o que se ensina, entendam que, em sala de aula, devem imperar a ordem e o respeito mútuo.