Quem tem razão?
Desmatamento. Uso abusivo de recursos naturais. Consumo descontrolado de energia. Esse tem sido o preço do desenvolvimento. É praticamente impossível conciliar os interesses dos que prezam por desenvolvimento aos dos que desejam uma saída viável em prol do meio ambiente. A questão é: Haverá planeta suficiente para satisfazer a fome de poder que o sistema monetário impõe?
É sabido que o sistema vigente tem como prioridade o desenvolvimento. Há uma competição constante entre os países para mostrar qual deles é o mais “poderoso”. A China, por exemplo, cresce descontroladamente, não dando muita importância aos danos ambientais que causa, pois sua meta é entrar para a lista “V.I.P.” dos países desenvolvidos.
O mais chocante é observar que o planeta está dando sinais, clamando por misericórdia, mas parece que a humanidade está cega, surda e, estranhamente, muda. Preservar a vida deveria ser a razão fundamental de nossa existência, já que sem florestas, animais e outros microorganismos integrando o ecossistema, nós, os mais soberbos dos animais, não teríamos condição de habitar a terra por muito tempo.
A única saída para o desenvolvimento sustentável seria recorrer a soluções que não destruíssem “nosso” planeta. Na verdade, muitos se enganam ao pensar que possuem o planeta, sendo mais apropriado e consciente, admitir que somos apenas parte integrante disso tudo, com direitos e deveres a cumprir aqui, tendo como crucial distinção apenas a capacidade de raciocinar. É triste perceber também, que essa que deveria ser a contribuição do homem à natureza, tem sido sua condenação.
Sabemos que não são poucos os malefícios que a ganância por desenvolvimento tem causado, tornando o planeta cada dia menos habitável. Porém, é sempre bom lembrar que a natureza não sofre calada e que o preço cobrado por ela é sempre muito alto. E quem mais sofrerá não serão os que estão hoje incendiando florestas, hoje poluindo as cidades com seus carros, hoje desperdiçando, hoje na frente de suas televisões não fazendo “nada”; serão seus filhos, netos e, talvez, seus bisnetos, pois quem garante que a terra resistirá a tantas gerações de pseudo racionalidade.