Bastante Feliz

Quando conseguimos atingir um objetivo (embora a palavra seja fria demais para o que tento descrever) e o resultado é acima do imaginado, beira o absurdo e é difícil de acreditar, o que temos de fazer? Celebrar.

Chega certo nível de felicidade que as coisas que antes te incomodavam simplesmente deixam de existir ou passam a ser perfeitamente entendíveis como obstáculos que a vida coloca na nossa frente para estimular o crescimento, quando se atinge este nível de felicidade, não há espaço para cara feia.

A espera, a demora, são apenas o silencio antes da musica começar e lembre-se, ninguém fica com o silencio na cabeça mas sim com a musica! Eu estou com a musica tocando ainda, como se a tivesse ouvido a poucos minutos.

Acho que felicidade se mede, existe a felicidade normal, a felicidade plena, não sei se atingi essa ultima mas sei que a primeira eu já passei, cheguei em um nível que a felicidade me tira o raciocínio e me baixa todas as defesas ao falar dela. Perdi o medo de me expor mesmo que de com a cara numa parede de concreto, deixo a boca falar livremente sem qualquer controle das palavras, tem sido bom, acho que aprendi a falar com os olhos também.

Às vezes me parece até que minha percepção aumentou, estado de felicidade talvez? Espero que sim, olhos estão mais atentos a pequenos sinais que antes passavam despercebidos e ouvidos estão mais ligados a tom de voz, agora consigo perceber intenções por trás das palavras, mesmo que elas digam “não” enquanto a voz diz “sim”. É um joguinho gostoso de jogar.

Mas essa felicidade deve ser uma via de mão dupla, ela vai mas também tem que vir, tem que ser sentida de fora pra dentro também, e como fazer isso? Olhando-a estampada no rosto daquela que te faz sentir feliz, não há arte melhor que um rosto que te ama feliz por te amar.

Felicidade que me faz, beirando os 24 anos de idade, ser bobo como um garoto de 10 brincando com seus bonecos, que faz sonhar acordado e perder a vista a tudo que está ao redor, que faz as coisas parecerem muito simples, ir, voltar, vir se trata de uma questão apenas de pegar um ônibus, só isso!

Estado de felicidade, estado de graça, um degrau mais próximo de Deus, beirando a plenitude, tenho me sentido assim neste ultimo mês e todos os dias recebo razões para aprimorar isso, refinar minha felicidade e devolve-la em atos de profunda beleza. Não basta ser feliz, com a gente, tem que ser bonito também, e será.

Obrigado por tudo isso.