As atitudes maquiadoras na sociedade brasileira
A atual situação da sociedade brasileira é devido a um processo histórico bastante conturbado. A desigualdade no Brasil provém desde o período colonial, com a desvalorização e os maus tratos com o escravo negro, pela postura eugênica do europeu, sendo que, com a sua libertação, houve uma marginalização e, por conseguinte, suas gerações foram agravando a situação de miséria brasileira.
Uma das maiores problemáticas do Brasil encontra-se no seu atual sistema educacional. É verdade que houve certo progresso com a melhoria na infraestrutura de algumas escolas públicas, entretanto, a falta de visamento no campo qualitativo do ensino reflete os baixos índices de resultados nas provas niveladoras de âmbito mundial. A atitude maquiadora do governo de criar meios de incluir o aluno de escolas públicas em universidades federais e, assim, elevar os índices na educação, não irá melhorar a qualidade do ensino, apenas transferirá o problema.
A reforma agrária, ainda hoje, é apenas documento, sendo a sua prática de total importância para uma elevada massa de trabalhadores rurais, que sofrem com o “monopólio” dos latifundiários. Vale salientar também que a transposição do rio São Francisco, mesmo levando uma enorme quantidade de água para as regiões mais secas do Nordeste, pouco irá favorecer o minifundiários, pois os detentores dessa água, em parte, serão os grandes proprietários por questões político-econômicas, restabelecendo a relação de dependência daqueles, ou seja, mais um “pano de fundo” que assola no Brasil.
É certo que a desigualdade brasileira reina no país, principalmente por questões socioculturais e econômicas, entretanto, é possível melhorar essa situação com a priorização no âmbito escolar, valorizando o professor, incentivando-o, trazendo-o para a sala de aula. Mas, antes disso, é preciso “reformar” a situação política do Brasil, para assim melhorar todas as áreas “deficitárias”, principalmente a educação, por isso, já dizia o filósofo pós-socrático Platão, “quando o governo vai mal, a educação vai pior”.