É tudo meu
“Volta e meia me pego questionando algumas atitudes totalmente desnecessárias que costumam ter, por que buscar mais se tudo que há para se ter está concentrado em uma única pessoa? Eu.
Certo, tenham amigos homens, mas simplesmente não há necessidade de haver mais amigas mulheres, afinal, o que pode ser melhor que dormir, conversar, sair por ai com uma mulher linda, inteligente, interessante e gente boa? Não precisar conviver com os defeitos dela, não sentir ciúme, não ter duvida sobre o sentimento dela, nem o menor medo de perder tudo isso porque, certamente, ela vai ser sua amiga independentemente de qualquer relacionamento amoroso que venha a ter? Sinceramente, se eu existo na vida deles, por que outras?
Tenho um amigo que escreve e eu estou nos textos dele, não tem porque ter outra musa. Eu não vou sair do banco da frente do carro por causa de uma menina que acaba de chegar, eu sou a mô, logo, o lugar é meu por direito.
Meus amigos são, como disse, meus. E eu sou a primeira, se possível a única, exclusividade com cada um deles é o que eu quero, mesmo que não consiga retribuir. Tem que ser eu a única musa, a única grande amiga, a única paixão eterna. Não quero ser assunto entre eles mas, confesso, gosto de ter essas atenções viradas pra mim.
Só acho uma pena não ser assim, não gosto de sentir ciúmes, começar a ‘viajar’ demais e pensar alem da conta. Meus pensamentos, na maioria das vezes, chegam a conclusões que não são tão boas pra mim, fico nervosa e chateada, me pergunto coisas que não sei responder.
Sou leonina e AMO meu signo, uma rainha de leão e sei que mesmo outros reis são verdadeiros súditos meus, não tenho culpa de ser como uma grande névoa que invade e toma conta de todo o local...
Sinto ciúmes, mas não entendo quem tem ciúmes de mim, acho um dramalhão sem tamanho! Eu não dou motivos e sei bem o lugar de cada um no meu coração, simplesmente não dou motivo para que sintam ciúmes de mim, todos são importantes!
Eu prefiro fazer as coisas sozinha, para serem feitas do meu jeito (o melhor jeito alias), ainda que demore um pouco. Eu danço como ninguém e me visto perfeitamente bem.
Com tudo isso, justifico minha duvida se há necessidade de outras num mesmo contexto onde estou, sou uma espécie de Cleópatra, só que sem serpente no final. Todos são meus, mas eu não sou de ninguém,”
T.L.