Incertezas
Incertezas
Queria poder entoar uma canção que pudesse romper o silêncio da distância. Tocasse tua alma mui profundamente ao ponto de empregnar cada nota como um diamante, guardado e encravado ao peito, sentindo o efeito da harmonização do desejo – o doce desejo...
Queria poder gritar ao sonho para afastar de mim o pesadelo dos meus medos, fazedor de pensamentos: incertos, profundos, certeiros sentimentos. Gritar ao ponto de romper os desencontros que num pulo escorreria na ponte condutora de abrilhantar o nosso sonho, no calor do sonho...
Queria somente rasgar o trapo das incertezas, apenas isso que queria, nada mais. Lembrar das roupas velhas, o meu tormento? Cárcere do ego... incertezas da solidão! Navio de letras, imagens, sons e cores; incertezas sentimentos – a incerteza: alegria ou tristeza?
Quero explodir o som do universo, repleto de luzes e cores, com fios de ouro, no toque digital, do sonho na vida real, no tempo chamado presente. Queria é o passado indesejado e você, o meu futuro realizado? Sem mais incertezas... somente certezas.
(Louis Anderson N. Bezerril)