Viagem a Paraty
Sempre tive curiosidade de conhecer as cidades do litoral fluminense. Ver as fotos em revistas ou matérias na TV só atiça a vontade de estar lá, vendo o mar, curtindo a beleza das praias, experimentando um mundo de atividades, respirar o ar e beber da água doce do Rio de Janeiro.
De tanto sonhar com isso, resolvi realizar uma viagem a Paraty, uma das mais belas cidades histórias daquele estado. Arrumei as malas, preparei tudo com bastante antecedência e fiz contatos com escritores locais. Eu queria mais que praia, queria estar junto a gente que pensa diferente, debater sobre literatura e me esbaldar de cultura.
O voo direto para a capital do Rio durou quase duas horas e gastei mais duas de ônibus, até o interior. Ouvir o sotaque do povo na rodoviária das duas cidades, dentro do ônibus e também por onde passava, foi me ambientando e me tornando um carioca também. Comecei a falar igual a eles, sem perceber.
Chegando a Paraty, o encantamento foi total. As ruas, a arquitetura, os morros, ruas estreitas, feira, cheiro de mar... tudo maravilhoso!! Comi em bares de esquina, aproveitei cada palmo de rua, percorri praças, sentei na calçada, enfim, parecia que eu estava em minha cidade natal. Senti-me à vontade, não era um estranho, não era um turista. O povo me acolhia como se tivesse me conhecido a anos... os amigos escritores já estavam na rodoviária me esperando e a festa foi grande ao me ver descer do ônibus.
Conversas, conversas, corremos todos para a Festa do Livro Internacional de Paraty. Ali, me senti em casa, também. A feira é um convite a um mergulho, literal, nas letras. Beber na fonte de tantos formadores de opinião, afundar num mar de livros, ouvir e poder falar de contos, romances, histórias reais ou fictícias tornadas literatura é um privilégio para poucos.
Foram cinco dias em que não parei um minuto sequer. Até para dormir era difícil, pois eu ficava até tarde conversando com os novos amigos, trocando figurinhas, aprendendo mais e mais sobre a cidade. Em Paraty, o risco de tropeçar com cultura, cair dentro de um rio de ideias e se deparar com Luís Fernando Veríssimo caminhando pelas pedras rústicas das estreitas ruas da cidade é sempre parte da realidade. É como um sonho ao vivo. Paraty é isso! Meu sonho de consumo seria transportar Paraty para cada um dos municípios brasileiros, e fazer uma feira literária todo dia.
O melhor da viagem
Passear pelas ruas históricas de Paraty foi uma experiência única. Nada como respirar cultura, ver leitores e escritores de carne e osso, participar de debates e se deparar, a todo instante, com a arquitetura tombada pela Unesco. O que menos gostei foi ter que voltar para casa, deixando amigos e tudo o mais em Paraty. O melhor de tudo é que poderei voltar, sempre, a desfrutar aquele pedaço do céu, na terra.
Foto: Luís Fernando Veríssimo (esq) e Valdeck Almeida de Jesus - por: Felipe Oliveira
Sempre tive curiosidade de conhecer as cidades do litoral fluminense. Ver as fotos em revistas ou matérias na TV só atiça a vontade de estar lá, vendo o mar, curtindo a beleza das praias, experimentando um mundo de atividades, respirar o ar e beber da água doce do Rio de Janeiro.
De tanto sonhar com isso, resolvi realizar uma viagem a Paraty, uma das mais belas cidades histórias daquele estado. Arrumei as malas, preparei tudo com bastante antecedência e fiz contatos com escritores locais. Eu queria mais que praia, queria estar junto a gente que pensa diferente, debater sobre literatura e me esbaldar de cultura.
O voo direto para a capital do Rio durou quase duas horas e gastei mais duas de ônibus, até o interior. Ouvir o sotaque do povo na rodoviária das duas cidades, dentro do ônibus e também por onde passava, foi me ambientando e me tornando um carioca também. Comecei a falar igual a eles, sem perceber.
Chegando a Paraty, o encantamento foi total. As ruas, a arquitetura, os morros, ruas estreitas, feira, cheiro de mar... tudo maravilhoso!! Comi em bares de esquina, aproveitei cada palmo de rua, percorri praças, sentei na calçada, enfim, parecia que eu estava em minha cidade natal. Senti-me à vontade, não era um estranho, não era um turista. O povo me acolhia como se tivesse me conhecido a anos... os amigos escritores já estavam na rodoviária me esperando e a festa foi grande ao me ver descer do ônibus.
Conversas, conversas, corremos todos para a Festa do Livro Internacional de Paraty. Ali, me senti em casa, também. A feira é um convite a um mergulho, literal, nas letras. Beber na fonte de tantos formadores de opinião, afundar num mar de livros, ouvir e poder falar de contos, romances, histórias reais ou fictícias tornadas literatura é um privilégio para poucos.
Foram cinco dias em que não parei um minuto sequer. Até para dormir era difícil, pois eu ficava até tarde conversando com os novos amigos, trocando figurinhas, aprendendo mais e mais sobre a cidade. Em Paraty, o risco de tropeçar com cultura, cair dentro de um rio de ideias e se deparar com Luís Fernando Veríssimo caminhando pelas pedras rústicas das estreitas ruas da cidade é sempre parte da realidade. É como um sonho ao vivo. Paraty é isso! Meu sonho de consumo seria transportar Paraty para cada um dos municípios brasileiros, e fazer uma feira literária todo dia.
O melhor da viagem
Passear pelas ruas históricas de Paraty foi uma experiência única. Nada como respirar cultura, ver leitores e escritores de carne e osso, participar de debates e se deparar, a todo instante, com a arquitetura tombada pela Unesco. O que menos gostei foi ter que voltar para casa, deixando amigos e tudo o mais em Paraty. O melhor de tudo é que poderei voltar, sempre, a desfrutar aquele pedaço do céu, na terra.
Foto: Luís Fernando Veríssimo (esq) e Valdeck Almeida de Jesus - por: Felipe Oliveira