Crer ou não Crer, eis a minha opção

Reiteradamente tenho falado na possibilidade de mudança do mundo, ou seja, na possibilidade da construção de um Mundo Melhor, não mudando o meio em que vivemos, pois isso já foi tentado de múltiplas formas e já se mostrou inviável, basta analisar a história, mas através de alteração do ser humano, que passará a assumir elementos, princípios, reconhecerá suas limitações, mas também suas potencialidades, bem como as diferenças e os diferentes, assumirá seu papel de agente construtor do mundo, respeitando essa multiplicidade de formas e manifestações e trabalhará, efetivamente, na evolução do planeta.

Não obstante essas idéias, que se repetem por diversas palavras, com os mais variados temas, podemos questionar se isso realmente poderá acontecer, pois é difícil crer em algo melhor ou observarmos o mundo atual, pois hoje é mais violento que ontem e, nesse ritmo, amanhã será pior que hoje. Onde chegaremos? Será que o ser humano é tão ruim a ponto de somente piorar o mundo? Analisando tudo isso, ainda é possível acreditar num Mundo Melhor?

É realmente difícil. Porém, cada qual, no seu caminho evolutivo, busca elementos para melhorar sua vida. Isso é natural, faz parte do plano físico, como também do espiritual. E dentro dessa evolução adotamos várias formas de se evoluir, ora pela experimentação, quando extraímos elementos vividos por nós mesmos para adotarmos um posicionamento, ora pela contemplação, quando analisamos os fatores exteriores com os elementos interiores que nos constituem e passamos a adotar uma posição, ora pela imitação, quando observamos uma pessoa e, reconhecendo nela sua importância, passamos a segui-la, a tomá-la como exemplo, não se esquecendo que ela é o mestre, e nós alunos.

E inúmeras são as pessoas que merecem receber esse título, pois suas vidas foram coerentes com as idéias que defendiam. Essas pessoas fizeram de suas vidas a exteriorização das idéias que defendiam. Foram coerentes a todo instante e por isso se perpetuaram como mestres, sendo sempre estudadas, analisadas, seguidas.

E dentre elas há uma pessoa que, para mim e acredito para muitos, é a maior delas. Sua vida foi, como disse, a exteriorização de Suas idéias. E Suas lições mostram que no ser humano habita a centelha divina, ou ainda que nossa fé, a nossa crença, seria capaz de curar, ou ainda que se nos tornarmos puros de coração, vale dizer, de sentimento, seríamos dignos de evoluirmos. Ora, se acredito no que ensinou, no que demonstrou durante Sua vida, por que deixaria eu de acreditar nisso?

Em nenhum momento impôs Suas lições. Deu o livre arbítrio para que O seguissem e acreditassem em Suas palavras quem assim o desejasse. Mas fica claro que Suas palavras dizem que para mudar o mundo basta assumirmos a nossa responsabilidade. Disse sempre isso e ensinou como fazer. Basta ler, analisar e entender.

Mas não só falou. Ele viveu cada uma dessas palavras e, por reconhecê-Lo como mestre, procuro, como muitos outros o fazem, analisar Suas palavras, observando sempre a coerência de Sua vida, para saber se o que dizia seria verdade. E concluí que é Verdade!

Mas como disse antes, Suas palavras não foram impostas, mas existe o livre arbítrio de acreditar ou não no que disse, bem como procurar viver conforme Suas lições. Acreditar ou não cabe a cada um, todos são livres para escolher o que fazer e, por conseqüência, responsáveis por suas atitudes. Assumimos uma postura na medida do que acreditamos e adotamos como exemplo e devemos, pois, ser coerentes com isso.

Por isso, por acreditar em cada uma daquelas palavras é que procuro crer que é possível mudar o mundo, mudando o meu mundo, assumindo aquelas palavras como Verdade, assumindo a minha responsabilidade. Mas isso, repito, cabe ao livre arbítrio de cada um, de assumir a sua responsabilidade, ser coerente com o que diz acreditar e seguir e, por fim, trabalhar para que isso efetivamente aconteça.

Piracicaba, 20 de fevereiro de 2.006.

julianopd
Enviado por julianopd em 19/12/2011
Código do texto: T3396273
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