A agricultura atingiu a parede, mas não o teto
A demanda de alimentos cresceu vertiginosamente, e isso se deve aos sete bilhões de pessoas no mundo. Alimentar esta e as próximas gerações requer um aumento substancial na produção de alimentos, entretanto, o maior desafio será realizar isso em condições ambientalmente sustentáveis, ou seja, sem degradar o planeta.
É de se esperar que em algumas décadas a população cresça ainda mais, com ela a quantidade de famintos também, por isso, além de aumentar a produção de alimentos para suprir o enorme contingente populacional, é essencial melhorar a distribuição deles. Serão necessários grandes investimentos para que Malthus, um economista no qual acreditava que a produção alimentícia não iria suprir a quantidade populacional, realmente não estivesse certo. De qualquer forma, atualmente a sociedade disponibiliza de recursos que ele desconhecia, como a mecanização agrícola e a biotecnologia.
A agricultura é, de longe, uma das práticas que mais degradam o planeta. Emissões de gases do efeito estufa com o desflorestamento tropical, desperdício de água para a irrigação e contaminação dos solos e aquíferos pelo uso exagerado de fertilizantes são alguns dos principais males que ela causa ao meio ambiente. O desperdício de alimento, desde o trator até o garfo, é outro grande problema que acontece porque em países pobres faltam investimentos na infraestrutura dos estoques e em países ricos a educação alimentar.
Atrelar crescimento agrícola com desenvolvimento sustentável não é uma tarefa fácil, ainda mais em uma sociedade capitalista e ecologicamente intransigente. A priori, deve-se interromper a expansão da agricultura, pois expandir as terras significa degradar mais ainda o meio ambiente, em seguida, melhorar a produtividade das terras cultiváveis atuais, ampliando o rendimento dessas e aplicando técnicas de preservação, dessa forma aumentar-se-ia a produção agrícola, de maneira ecologicamente correta.