Eis um bom Exemplo

Através dos tempos, podemos observado atitudes de seres humanos que não condizem com a ponderabilidade, racionalidade, bom senso, a chamada razão humana. Quantos não são os casos de seres humanos que usaram, e usam, sua capacidade de raciocinar para fins não nobres, que visavam, e visam, apenas destruir o meio onde vive, a natureza e até seus próprios semelhantes, procurando sempre obter vantagens, sem se importar com as conseqüências de seus atos.

No entanto, podemos igualmente notar inúmeros grandes exemplos de pessoas que procuraram, e até mesmo procuram, mostrar um outro lado da condição humana. Aquela que é tão elogiada, mas pouco praticada. A condição nobre, onde o respeito e a fraternidade são os sentimentos que se desatacam.

E qual a origem dessa diferença? Por que será que existem pessoas tão atreladas a interesses pessoais e outras tão dispostas a se doarem pelo bem dos demais? A resposta, evidente, está no egoísmo.

O egoísmo é a manifestação do ser incapaz de reconhecer-se num meio, bem como reconhecer a necessidade dos demais componentes desse meio. Por não saber distingui-los, procura apropriar-se de tudo, inadvertidamente, acumulando todos os bens materiais possíveis. Por conseguinte, o egoísta, não reconhecendo o meio, naturalmente não é capaz de ajudar seu semelhante, não reconhecendo a necessidade dos demais seres vivos. É insensível, pois a sensibilidade é fruto da capacidade de observar o próximo e suas necessidades, dando-se, doando-se, para suprir essas carências.

O egoísta sofre, pois sua ânsia de conseguir mais e mais bens materiais não consegue vencer a sua maior necessidade, que é a busca da felicidade. Claro está que não é feliz um ser egoísta, pois a felicidade para ele está numa eventual conquista, ou seja, no momento em que consegue algo, não se importando com os meios utilizados. Esquece que é na conquista diária, no vencer cada etapa, no superar-se, no processo de conquista de seus desejos é que reside a felicidade. É feliz quem faz de sua vida uma eterna conquista, onde suas escolhas são pautadas no respeito ao próximo.

E, sem dúvida, pessoas assim existiram e existem na Terra. São pessoas que fizeram e fazem da sua vida um instrumento de evolução, pois já assimilaram a importância do respeito e suas vidas são harmônicas, por causa de suas atitudes. Aprenderam com Aquele que mais fortemente soube mostrar esse ideal, Aquele que fez de sua vida um ideal de fraternidade e respeito ao próximo. Em Sua passagem por este planeta, mostrou a virtuosidade e cada um de seus passos e suas lições foram pautadas no ideal da evolução. É um grande exemplo, que mostrou ao mundo como se fazer para ser realmente feliz e sua felicidade é o marco de que é possível ser feliz, mesmo possuindo pouco da matéria.

Aos que se seguiram e entenderam, couberam a nobre lição de comprovar que realmente é possível ser feliz de verdade, e continuar neste planeta a lição de evolução outrora iniciada. Pois Sua lição já havia fincado raízes, já estava e está produzindo frutos e um dia será ouvida em todos os recantos do planeta, em cada coração.

E mais que isso, essas atitudes de bondade e respeito perante o meio em que viveu, e vive, e diante de seus semelhantes criaram, e perduram até nosso dias, uma marca que se eterniza naqueles que reconhecem a importância dessas atitudes e mostram que é possível sim melhorar o mundo que vivemos, basta termos boa vontade de agir.

Piracicaba, 21 de março de 2.005.