FÁBULAS DE LIGORIO -

RESENHA LITERÁRIA (4)

Título: FÁBULAS DE LIGÓRIO
– Viscosa, a trairinha
– Mexemexe, a minhoca
– O Regato Serelepe

Gênero : infantil
Edição : 2010
1ª edição
Editora : Estampa Editora Gráfica Ltda.

Sendo poeta lírico, nunca fui capaz de escrever uma só poesia para os pequeninos. Nem, sequer, textos de literatura infantil em prosa eu soube escrever. Há quem diga que podem, essas inibiçõpews, ser reflexo da infância, que não tive igual à da outras crianças. Não que eu não me divertisse, não brincasse, mas essas brincadeiras sempre invadiam algo que eu copiava dos irmãos adultos. Eu, na família, sou uma espécie de “temporão” e, minha irmã, mais temporona ainda, era muito criança para brincar comigo.
Mas, no decorrer de uma feira do livro local, trocando opiniões com uma colega dessa área, me fez lembrar ela que lera uma fábula de minha autoria e que a considerou maravilhosa.
E, pensando nessa conversação havida, criei coragem e escrevi mais duas fábulas, falei com minha amiga Ingrid, que é ótima artista dessa área, pedindo sua concorrência para os desenhos pertinentes... e, para minha alegria, ela aceitou.
Um riacho ainda criança, vindo de longe, corria feliz e brincalhão pelas encostas da serra. Cansado e com sono, quando chegou ao pé da serra, ditou-se entre arbustos. Suas águas bisbilhoteiras aproveitaram essa horinha sem comando e visitaram todo o sítio espalharam-se por toda a planície... e não souberam mais voltar. E ficaram por lá descansando por muito tempo.
Quem gostou da brincadeira foram os bichinhos que vivem na água e comem as larvas nascidas entre os podrinhos que ela produz nas plantas Entre esses bichinhos estava Viscosa. Como era muito gulosa, não dava sossego aos alevinos e aos girinos (filhotes de peixes e de sapos).
Um menino que gostava de peixes ornamentais, capturou a Viscosa quando já crescera um pouco. Colocou a danadinha junto com os outros peixinhos coloridos... e se danou!!!
Formigas são como os agentes do tráfico – trabalham muito... mas só produzem maldades. Enquanto estas cortam folhas, aqueles ceifam vidas.
Momentos de aprendizado ecológico proporciona o Riacho Serelepe. Enquanto desce, feliz da vida, pela encosta da serra, que saber das coisas e, estudando, ensina aos pequeninos a lição da mãe natureza.

Mesmo sem a técnica e sem o status das grandes obras infantis de renomados “Monteiros Lobatos”, creio que e Fábulas de Ligório, enquanto a criança lê historinhas que agradam ao gosto infantil, ela está aprendendo conceitos ecológicos de impacto sobre o meio ambiente.

Chapecó, 06 de dezembro de 2011.


Afonso Martini
www.literaturacatarinense.com.br
autor

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 13/12/2011
Reeditado em 13/12/2011
Código do texto: T3386750
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