Repórter brasileira do New York Times palestra na FACOM-UFBA
Por: Valdeck Almeida de Jesus
“O jornalista tem que ser cara de pau”, afirma Fernanda Santos, natural de Salvador. Ela não fez o curso de jornalismo e escreve com o coração.
Formada inicialmente em Comunicação Social, com ênfase em Publicidade e Propaganda, Fernanda fez mestrado em jornalismo impresso nos Estados Unidos e estudou inglês em duas escolas brasileiras, inicialmente na capital baiana, onde nasceu e cresceu, depois no Rio de Janeiro, onde passou parte da vida. Para ela, que trabalha num jornal onde a maioria dos repórteres não são jornalistas de formação, o profissional precisa ter base de conhecimento em várias profissões. Além da teoria, o repórter precisa ter sensibilidade e utilizar muito da bagagem e experiência do que viveu, além de se valorizar como pessoa e dar valor ao outro como ser humano, conclui. A cara de pau é ter coragem de dizer que não sabe, procurar informações com mais vontade e ouvir as mil versões sobre o fato antes de publicar uma notícia, segundo dela.
Escrever com o coração
“A arma secreta do jornalismo que levo no meu coração” foi o tema do bate-papo, que aconteceu no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, em Ondina. A plateia lotou de estudantes, professores, profissionais da área e visitantes, ávidos por respostas sobre como chegar a um grande jornal. “Não existe uma fórmula A+B+C= New York Times”, afirmou ela. Fernanda falou da experiência dela e deu dicas. Estar atento às oportunidades que a vida oferece, se permitir enfrentar desafios, provocar os “acidentes” que projetem o profissional, com honestidade e valorizando, sempre, o ser humano, sem importar se o outro é seu chefe ou apenas a moça da limpeza.
Humildade também é algo que deve acompanhar o jornalista, sempre, de acordo com a palestrante, seja na hora de dizer que não sabe fazer determinada tarefa, seja em aceitar os próprios limites. “Ninguém faz nada sozinho. Por mais que o profissional seja bom, sempre tem uma equipe que o ajuda, em todos os momentos”, disse. Tratar o ser humano com respeito, se colocando no lugar dele, é outra dica de sucesso.
Missão
A narrativa é a parte mais importante do trabalho jornalístico, de acordo com Fernanda. A forma de contar uma história, humanizando o acontecido, faz diferença entre o leitor passar para a página seguinte ou se aprofundar na leitura. Para Fernanda, a missão do jornalista não é vender jornal e sim atuar como cidadão consciente, defendendo as minorias com trabalho ético e responsável. Os valores humanos ela herdou do convívio familiar. Fernanda Santos mantém a relação com a família através de telefone, internet e passando tempo juntos, seja vindo ao Brasil ou recebendo os pais em Nova York. A valorização das raízes e do aprendizado obtido na trajetória da vida tem muita importância para ela, o que lhe confere diferencial. O sucesso na carreira pode ter vindo daí.
Fonte: Jornal do Brasil Online Foto: GJOL
Por: Valdeck Almeida de Jesus
“O jornalista tem que ser cara de pau”, afirma Fernanda Santos, natural de Salvador. Ela não fez o curso de jornalismo e escreve com o coração.
Formada inicialmente em Comunicação Social, com ênfase em Publicidade e Propaganda, Fernanda fez mestrado em jornalismo impresso nos Estados Unidos e estudou inglês em duas escolas brasileiras, inicialmente na capital baiana, onde nasceu e cresceu, depois no Rio de Janeiro, onde passou parte da vida. Para ela, que trabalha num jornal onde a maioria dos repórteres não são jornalistas de formação, o profissional precisa ter base de conhecimento em várias profissões. Além da teoria, o repórter precisa ter sensibilidade e utilizar muito da bagagem e experiência do que viveu, além de se valorizar como pessoa e dar valor ao outro como ser humano, conclui. A cara de pau é ter coragem de dizer que não sabe, procurar informações com mais vontade e ouvir as mil versões sobre o fato antes de publicar uma notícia, segundo dela.
Escrever com o coração
“A arma secreta do jornalismo que levo no meu coração” foi o tema do bate-papo, que aconteceu no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, em Ondina. A plateia lotou de estudantes, professores, profissionais da área e visitantes, ávidos por respostas sobre como chegar a um grande jornal. “Não existe uma fórmula A+B+C= New York Times”, afirmou ela. Fernanda falou da experiência dela e deu dicas. Estar atento às oportunidades que a vida oferece, se permitir enfrentar desafios, provocar os “acidentes” que projetem o profissional, com honestidade e valorizando, sempre, o ser humano, sem importar se o outro é seu chefe ou apenas a moça da limpeza.
Humildade também é algo que deve acompanhar o jornalista, sempre, de acordo com a palestrante, seja na hora de dizer que não sabe fazer determinada tarefa, seja em aceitar os próprios limites. “Ninguém faz nada sozinho. Por mais que o profissional seja bom, sempre tem uma equipe que o ajuda, em todos os momentos”, disse. Tratar o ser humano com respeito, se colocando no lugar dele, é outra dica de sucesso.
Missão
A narrativa é a parte mais importante do trabalho jornalístico, de acordo com Fernanda. A forma de contar uma história, humanizando o acontecido, faz diferença entre o leitor passar para a página seguinte ou se aprofundar na leitura. Para Fernanda, a missão do jornalista não é vender jornal e sim atuar como cidadão consciente, defendendo as minorias com trabalho ético e responsável. Os valores humanos ela herdou do convívio familiar. Fernanda Santos mantém a relação com a família através de telefone, internet e passando tempo juntos, seja vindo ao Brasil ou recebendo os pais em Nova York. A valorização das raízes e do aprendizado obtido na trajetória da vida tem muita importância para ela, o que lhe confere diferencial. O sucesso na carreira pode ter vindo daí.
Fonte: Jornal do Brasil Online Foto: GJOL