CURITIBA E A MOBILIDADE URBANA
A cidade de Curitiba conquistou o 2º lugar do índice de sustentabilidade urbana, que é um estudo realizado pela equipe de jornalistas do portal Mobilize Brasil em outras oito capitais estaduais: Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Cuiabá, Brasília, Belo Horizonte, Natal e Salvador. A pesquisa atribuiu uma nota aos seguintes critérios: porcentagem de ônibus municipais acessíveis a pessoas com deficiência física, mortos em acidentes de trânsito (a cada 100 mil habitantes) por ano, extensão de vias adequadas ao trânsito de bicicletas em relação à extensão do sistema viário, quantidade de passagens que podem ser adquiridas com a renda média mensal e a razão entre o número de viagens por modos individuais motorizados de transporte e o número total de viagens.
As notas variaram entre zero a dez e foram combinadas em um valor final, correspondente à média de cada cidade. Curitiba obteve a média 7,0, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, com 7,9. Depois da capital paranaense estão Brasília (5,9), Belo Horizonte (4,1), Salvador (4,0), Natal (3,8), Porto Alegre (3,5), Cuiabá (2,4) e São Paulo (2,0).
Os destaques da capital paranaense ficaram por conta das notas máximas em ônibus acessíveis (90% da frota) e mortes no trânsito (somente 5,2 a cada 100 mil habitantes). Curitiba ainda foi bem avaliada no quesito estrutura cicloviária (nota 9,6, graças aos 2,5% das vias públicas dedicadas ao trânsito de bicicletas). Os critérios em que a capital do Paraná deixou a desejar foram tarifa de ônibus (615 passagens adquiríveis e nota 3,9) e razão entre viagens individuais e total de viagens (27% do total, com nota 1,6). Com relação ao último quesito, implica em dizer que mais de um quarto das viagens cotidianas são feitas por automóvel ou motocicletas. Para Júlio César Lima, um dos pesquisadores do Mobilize Brasil, o desafio curitibano é ampliar a capacidade do transporte coletivo.