Confissões do Motorista

Meu nome é Rafael, trabalho na residência do senhor Pedro Amorim. Há cinco anos fui contratado para ser apenas o motorista, mas com o passar do tempo fiquei sabendo coisas que não deveria. Até hoje guardei todas as cenas que presenciei ao lado da senhora Maria Amorim, mas diante de das circunstancias, vou lhes dizer tudo que presenciei.

Tudo começou no dia cinco de outubro de dois mil e quatro, eu estava na cozinha quando a senhora Amorim me pediu para acompanha – lá até o clube, inocentemente preparei o carro e coloquei uma bolsa muito grande no porta – malas como ela me pediu. Quando estacionei o carro ela desceu e me pediu para pegar a bolsa, achei muito estranho, ela estava com uma roupa muito social para o local que achei que estávamos indo. Eu estava a seguindo, deixamos o carro no estacionamento e atravessamos a rua em direção a uma casa velha, não comentei nada por respeito à patroa. Entramos na casa e havia dois homens no sofá, ela me pediu para esperar no quarto ao lado e fecharam à porta, escutei uma discussão que falavam sobre um diamante que o senhor Pedro Amorim possuía. Um dos homens alterou a voz demais com a senhora Amorim, neste momento olhei para a fechadura e vi minha patroa sacar uma arma e dar um tiro naquele homem. Depois de tal cena ela guardou a arma na bolsa e pediu para o outro se livrar do corpo, ela estava com uma expressão tranqüila e até mesmo feliz. Eu estava em choque, entramos no carro e ela me disse:

- Eu sei onde você mora, conheço sua mulher e filhos, então qualquer comentário sobre isso com qualquer pessoa Além de mim, você viu o que pode acontecer!

Depois daquele aviso, ela se encontrou várias vezes com aquele homem, até descobri o nome dele, era Carlos. Em muitos daqueles encontros que aconteceram durante anos, sempre falando sobre o diamante, eles o chamavam de olho negro.

No dia nove de agosto de dois mil e seis, encontraram o corpo do senhor Pedro Amorim em seu quarto, como vocês sabem foi suicídio segundo a perícia. A senhora Amorim naquela noite se encontrava na fazenda, então não suspeitaria que ela colocasse veneno no leite dele. Aconteceu o seguinte: dia oito ela pediu para leva – lá até a fazenda, mas durante a madrugada por volta das duas horas ela me ligou e pediu para busca – lá, quando chegamos na casa ela me pediu pra espera de fora que já estava de saída, algumas horas depois eu já estava cochilando no carro, quando abri os olhos não acreditei no que vi, ela estava com um belo diamante negro na mão. Levei-a novamente na fazenda e fui para casa, no outro dia acordei com vários policiais na propriedade e minha patroa encenado um choro perto da piscina.

Eu nunca pensei em contar isto para vocês, mas depois que apareceu acusações contra mim não tive outra escolha. Isto é o que sei, podem perguntar ao Mario que ele dirá a mesma coisa. Mario é o cozinheiro que estava na casa quando ela foi lá envenenar o senhor Amorim. Agora espero que acabem as duvidas contra mim.

Pablo Roberto Souza
Enviado por Pablo Roberto Souza em 26/12/2006
Código do texto: T327872
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