O TRAVESTI NA FAMILIA
O TRAVESTI NA FAMILIA
Ontem estava assistindo o programa Casos de Família do SBT e me interessei pelo tema tratado, pois buscava algo que discorresse sobre alguma forma de preconceito para elaborar uma redação.
O programa tratava do Tema “Sou Travesti e minha família não me aceita”.
O tema é bastante delicado e fez com que eu refletisse um pouco sobre a complexidade desta situação não peculiar, aliás, não é fácil se assumir a homossexualidade e se travestir é como se fosse o dobro disto já que gera uma exposição ainda maior tanto pela estética exteriorizada e a mudança de gênero.
Acho que este preconceito não é valido, mas imagino o quanto deve ser difícil ter um parente que escolha este posicionamento e assuma de corpo, alma e identidade esta homossexualidade, porém nada justifica você rejeitar alguém ainda mais um parente por ser Travesti, Sapatão, Transsex, enfim deveríamos estar mais preparados para certas surpresas como estas e também abrirmos não só para esta situação como para muitas outras já que o mundo não é feito de pessoas iguais há muitas que preferem outros caminhos e não devem de nenhuma forma discriminadas, sobretudo, na maior instituição do planeta que é a família berço do suporte de qualquer ser humano.
Esta discriminação e rejeição por parte familiar não é correta, aliás, é egocêntrica já que quem rejeita mostra desrespeito e exterioriza que seus dogmas e visões são as corretas, a maneira como tratam seus parentes que optam pelo travestimento é grosseira e acarreta trauma bastante profundas tanto psicologicamente como socialmente.
Ser Travesti é uma opção, não deve nunca ser visto como um Show de Aparecimento e sim como uma nova filosofia de vida que o homossexual mais afeminado tem de mostrar sua vivência para o mundo em geral.
Ataco as famílias que rejeitam esses familiares porque sem o apoio da família ou algum mínimo consentimento o Travesti fica sem um âmbito de sobrevivência possível para estar seguro de suas concepções e será entregue a uma sociedade cada vez mais fechada a suas visões pré-concebidas de convivência.
As famílias que rejeitam deste modo os Travestis estão deixando-o a mercê da falta de informação e estão quebrando um vínculo importante entre a inserção do Travesti de cabeça erguida na sociedade e também estarão mesmo que sem querer fechando as portas mais promissoras para ele já que, diga-se de passagem, a sociedade é bastante excludente e como se uma mão mecânica a movimentasse ela parece escolher o mais fraco na hora de excluir e o Travesti sem um núcleo de apoio poderá se enquadra neste grupo dos fracos, contudo com o apoio familiar ele irá se solidificar tanto como pessoa e na mesma proporção ou até mais como ser humano, a família ajudará-o a ter uma personalidade mais definida e sem o mesmo apoio esta poderia ser deturpada pelo meio em que ele venha a entrar em contato.
As famílias que rejeitam Travestis estão fazendo um mal desnecessário, pois estarão atribuindo uma congenitidade que fica anormal até para quem está tentando se assumir diferentemente de tudo e contra todos.
As famílias também precisam, ou melhor, urgentemente deverão se aproximar mais deste Travesti já que não adiantará nada ficar contra sua posição isto apenas irá trará sofrimento para ambas as partes e não há forma de mudar esta genética e direcionamento além do mais censurar é uma atitude retrograda que plantará um sentimento de culpa no Travesti e até poderá o colocar mais para baixo quanto à sociedade já coloca impondo tantas restrições a este gênero.
As famílias nunca devem condenar, condenar é um verbo forte e conjugá-lo nestes casos podem até gerar infortúnios e cicatrizes psicológicas que nunca cessarão por mais que a Teleológica da coisa seja já imaginada pelo Travesti.
A escolha deste caminho deve ser respeitada e também levada a sério e ninguém tem o direito de coação e perseguição de opinião já que retaliações agravam o quadro de relacionamento entre as partes e deixam uma relação próspera acaba numa infeliz separação de familiares que até o momento viviam em perfeita harmonia.