Agir mais, falar menos
Quando se fala em aquecimento global e suas consequências sobre a vida no planeta, muitas pessoas ainda insistem em dizer: “Daqui a cem anos não estarei mais aqui para ver se tudo isso é verdade”. No entanto, esquece-se que seus filhos, seus netos, e toda a espécie de vida animal e vegetal estão ameaçados. Além disso, esta é uma visão muito egoísta com relação ao outro e com a vida.
Sabe-se que o aquecimento global é desencadeado pelo crescimento desorganizado da população urbana combinado com o desenvolvimento da tecnologia e dos meios de produção. Apesar de beneficiar o ser humano, muitos de seus inventos trazem consequências prejudiciais ao meio ambiente. Um exemplo são os automóveis, que à medida que ajuda o homem encurtando distancias, o prejudica enquanto emissor de gás carbônico na atmosfera, aumentando o efeito estufa e destruindo a camada de ozônio.
Com as grandes catástrofes climáticas os que são mais prejudicados são os animais que vivem nos pólos, os habitantes de ilhas oceânicas que dependem deste ambiente para viver e para dali tirarem seu sustento através do turismo, por exemplo, e os habitantes de cidades litorâneas.
Mas não há apenas perdedores com o aquecimento. Empresas que investem em pesquisas de métodos para controlar e conviver com as crises do clima podem faturar e muito, tanto dos governos quanto de organizações que se empenham e se preocupam com o efeito sobre a vida no planeta.
Tudo o que se vê na televisão e nos meios de comunicação em geral, são conseqüências das ações do homem sobre o meio em que vive. Chuvas descontroladas, enchentes, desmoronamentos, secas, furações, entre outros fenômenos só confirmam todas as teorias e previsões.
Não precisa ir muito longe para perceber as consequências do aquecimento global. A temperatura acima das médias pode ser sentida em qualquer parte do globo, o aquecimento dos pólos é apenas uma das grandes preocupações, pois deles dependem o equilíbrio do resto do planeta. Além de que, o derretimento das grandes geleiras aumenta os níveis dos mares que automaticamente gerará a inundação de grandes cidades como Nova York, Flórida, Miami, Rio de Janeiro, Recife, Florianópolis, entre outras.
Para controlar estes efeitos é necessário o empenho de todos. Esperar medidas pelos governos mundiais pode ser tarde demais. Se cada um diminuir o uso de automóveis particulares e utilizar mais os transportes coletivos, se evitar as queimadas, se poluir menos o solo, a água e o ar, já estará contribuindo para um equilíbrio do planeta e uma redução significativa desses efeitos sobre o homem.
Todos sofrem com o aquecimento global, mas pouco se faz para mudar este quadro. Fala-se muito sobre o assunto e age-se pouco. É hora de mudar as atitudes e trabalhar efetivamente para desconstruir estes efeitos sobre a vida do planeta e assim garantir a perpetuação da vida no planeta.
Prof. Paulo Adriano
Março/ 2010