O ser humano a metamorfose e as borboletas
Confesso que nem sempre fui apreciadora de borboletas, mas houve um momento em minha vida que comecei a observá-las e apreciá-las, há quem diga que borboletas são filosofias de vida, e eu concordo.
Só passei a observar as borboletas quando a minha metamorfose começou a ser feita, até então enquanto estive em meu casulo nada via, a vida passava, acontecia e eu ia no ritmo dela, como diz uma música do Zeca Pagodinho “deixa a vida me levar, vida leva eu...”, não gosto muito desta música, acredito que somos hábeis suficientes para driblar momentos difíceis de nossas vidas e aprendemos a lidar com o inevitável, porém somos responsáveis pelos caminhos que tomamos, cada passo, cada escolha, cada resultado é exatamente aquilo que buscamos, mesmo que não seja às vezes o que esperávamos, mas certamente se observarmos com cuidado é o que apontamos inicialmente e não soubemos talvez mudar a direção dos ventos.
Assim vejo as borboletas, nascem como lagartas, insetos que rastejam e são nojentos aos olhos humanos, depois de um tempo envolvem-se em seus casulos sabendo que precisam se retrair e concentrar-se em seu próprio movimento para a próxima fase. Há um preparo para se tornar borboleta.
Acredito que todos os seres humanos são grandes borboletas, alguns nunca fizeram seus casulos, conformaram-se em ser lagartos o resto da vida, outros não conseguem sair de seus casulos porque não prestam atenção em si mesmo e assim não sabem enfrentar o mundo, mas há sempre os que conseguem, e na minha visão positiva é a maioria.
Os que conseguem são aqueles que aprenderam que o florecer da vida vem aos poucos, que aprenderam a lidar consigo mesmo de maneira que não atinja o outro e sim toque o outro, aquele que não somente fala mas sim transmite, o que não olha mas penetra.
Desejo sinceramente que no final deste texto você esteja sorrindo e se abrindo para que a bela borboleta que está em você saia, floreça, cresça e voe, para lembrar a todos que há sempre a possibilidade de mudar, que a metamorfose é uma fase e que há sempre uma flor esperando uma borboleta para pousar.