AS COISAS QUE SEMPRE QUIS TER.

As coisas sempre parecem fáceis, o mundo possui a aparência de um “convite para a felicidade infinita”. Sempre tive esta concepção, pois por muito tempo me falavam que a vida é para ser vivida ai invés de ser desperdiçada. Ora, como poderia acreditar nesta concepção sendo que a diferença entre pessoas são infinitamente grandes... Poderia citar variados exemplos, porém prefiro ficar com o exemplo mais comum dentre nós, que são as diferenças sociais existentes entre todos os seres humanos, que é o lugar chamando “planeta terra”. Certamente o meu caro leitor esteja se murmurando ou, até mesmo, reclamando: “até já sei o que o irei ler, concerteza é o que todos já falam”. Quero chamar a atenção para aqueles que estão pensando isto, prestem bem atenção antes de reclamar qualquer coisa frente as minhas idéias e concepções. Sugiro que leiam o restante do texto para procurar entender o que quero dizer em relação as minhas idéias que não são decorrência de “revolta infantil”, mas sim fruto de muita leitura e algumas experiências.

Nunca fiz julgamento sem qualquer preocupação em procurar o verdadeiro cerne da questão, mesmo porque se assim procedesse estaria indo contra a minha natureza humana e, porque não, intelectual. Porém há coisas que não me soam bem e que me deixam perplexo. Vou aqui justificar o exemplo que acima fiz se tratando das diferenças sociais. Vejam bem, como pode uma pessoa não ter absolutamente nada e outras terem tudo... por que este tipo de condição de vida é tão tolerado entre nós... onde estão aquelas famosas preocupações com o bem estar do Ser humano... onde estão os super heróis de nossa nação tão extensa em tamanho territorial e pequena em distribuição de renda.... Meus caros leitores, vocês hão de convir comigo que as coisas não vão tão bem conforme o prometido das “celebridades políticas” da nossa nação. Não sou adepto a nenhum partido político, tampouco sou dotado de predileções políticas, porém sempre procuro saber a real significação de cada partido. Todos eles dizem as mesmas coisas com palavras diversificadas. Não irei referir a nenhum partido em especial, apenas quero alertá-los para um problema existente entre nós, que são as “falsas promessas” que rondam em nossa nação. Não vou me prolongar nesta questão por ser algo bem conhecido entre nós. Assim, sugiro que cada um faça variadas reflexões em relação a atual situação política vivida por nós – PENSEM, REFLITAM E DECIDAM, principalmente antes de votarem.... POR FAVOR... PENSEM

Agora quero falar sobre outro assunto que ainda não falei em nenhum texto meu, que é sobre a Igreja. Para as pessoas que me conhecem já sabem o tanto que me admira discutir sobre assuntos relacionados a Igreja e a Religião que a meu ver são duas coisas bem diferentes. Afinal de contas, o que é a igreja? Para que ela serve? Quem foi seu verdadeiro fundador? Quem estuda Teologia “acha” que sabe a resposta destas perguntas que são as seguintes: “Igreja é o lugar onde os fiéis se reúnem para ouvir os ensinamentos de Cristo e, desta forma, cada um de seus interlocutores poderá praticar a boa nova proclamada pelo filho de Deus no meio social vivido por cada um de nós. Frente a tal resposta fica óbvio que é o filho de Deus, Jesus Cristo, o fundador da Igreja.” Satisfatória resposta. Se eu fosse criança diria que já estaria por satisfeito e iria, imediatamente, procurar o padre para me catequizar. Mas para quem é adulto e faminto por respostas mais sábias é necessário ir além da questão e decifrar os seus aparentes enigmas. A seguir iremos discutir alguns temas relevantes que poderão ajudar o nobre leitor em suas respectivas reflexões. É válido dizer que tenho como base a antropologia que, a meu ver, é o centro de toda e qualquer vivência cristã. Aproveito para dizer que não sou contra nenhuma religião ou, simplesmente, um “crítico imaturo”: quero apenas apresentar alguns conceitos meus frente as minhas infinitas leituras. Assim, tenham uma coisa clara em vossos intelectos: não quero criticar nada e ninguém, apenas mostrar as minhas idéias que são passíveis de críticas. Além do mais, a felicidade tomaria conta de mim se alguém me escrevesse dizendo o que achou das minhas idéias. Quem desejar me escrever segue ai meu e-mail: thiagomarquesjf@ig.com.br.

Conceitualmente a liberdade é entendida como forma de expressão totalmente livre, de tal forma que todos podem fazer “o que quiserem”. Para a antropologia teológica este conceito não serve. Nela, na antropologia teológica, a pessoa é denominada como um ser livre na medida em que ele faça bem aquilo que deve fazer. E mais ainda: em refletir e saber o que se faz, senão o ato da liberdade passa a ser apenas a “concretização de uma determinada ação”, em vez de ser algo reflexivo e racional.

Claro que há uma diferença entre a concepção de liberdade na perspectiva da moral e da antropológica. A primeira se preocupa mais ato, ou seja, se preocupa mais com a concretização de tal ação. Por isso que ela oferece meios para que seja cumprida. Já a segunda, a antropológica, esta ligada ao homem, de tal forma que o possibilita em dar meios para a reflexão sobre tais práticas morais. É antropológica por dar subsídios ao homem de refletir sobre o que se faz e o que se fará.

A questão da liberdade possui uma história, da qual ganhou maior ênfase na revolução francesa. Deus é quem dá a possibilidade ao homem de se tornar um ser livre, em poder estar em comunhão com seu Criador. Nada mais justo que o homem, recebendo tal graça, opte pela constante comunhão com esta liberdade dada por Deus. Mas o que seria, afinal de contas, esta liberdade advinda de Deus? É exatamente dar ao homem o caráter de ser livre, em poder viver de acordo com a vontade de Deus, que é a capacidade de cada pessoa ter tal personalidade livre, procurando estar a serviço do outro de forma livre e subjetiva, em ser livre em suas decisões e reconhecer que a sua liberdade é limitada.

No decorrer da história, sobretudo nos primórdios do ateísmo do século XIX se houve variados tipos de questionamentos acerca da existência de deus. Frente a tais questões, já chegará a supor que seria necessário negar a existência de Deus para afirmar o valor do homem. Nietzche que inaugurou a famosa suposição da morte de Deus. Feuerbach toma a morte de Deus como necessária para o afloramento do valor verdadeiro do “ser real do homem”. Karl Marx diz ainda que não se vive a mercê do outro, mas é através da relação com este que a vida do eu é criada.

É de se supor que a relação entre o homem e Deus é de forma bastante amável e sem qualquer obrigatoriedade para que exista. Deus não obriga ninguém e agir em conformidade com a sua vontade, uma vez que ele é considerado amor. Do contrário, caso ele obrigasse, ele não seria amor, e sim um juiz que dita as ordem e as suas criaturas as fazem.

O humano é livre para decidir o que quer agir da forma que convêm a sua própria existência. Mas, por outro lado, se deve ter em mente que um agir de forma subjetiva e sem qualquer percepção da realidade em que se vive, é um agir errado e, até mesmo, não-cristão. Se deve agir bem, mas tendo percebendo que existe um outro que possui o mesmo direito que o eu possui.

Agindo bem e em conformidade com os mandamentos e a vontade de Deus, este se relaciona com a sua criatura. Aqui, advém o que se entende por graça, que é justamente esta relação de amor entre Deus e a sua criatura. O que mais é interessante nesta relação não é tanto a relação amorosa entre Deus e o homem, mas a capacidade que Deus possui em acolher a sua criatura, mesmo que esta seja uma pecadora e não acolhedora da vontade de seu criador.

Em sua essência, o ser humano é um ser que existe em meios a outros seres semelhantes a ele mesmo. Cabe a ciência, na medida em que utiliza os seus meios, explicar o porquê e como se dá a sua existência no planeta terra. Esta, a ciência, possui seus meios variados para dar respostas sobre a existência humana. Provavelmente o seu ponto de partida seja, exclusivamente, o uso de meios factuais para se dar algum tipo de resposta sobre a origem humana. Exemplos como estes são de fácil percepção, basta que se olhe o percurso da ciência e se comprovará como e quais foram as possíveis respostas que os cientistas ofereceram no decorrer dos tempos.

Já num âmbito da religião o modo de conceber e de entender a idéia da origem da vida é outra. Ela parte do seguinte pressuposto: de que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus. Não há aqui qualquer tipo de experiência científica para se chegar a tal resposta. A religião tem como fundamento duas razões que, possivelmente, comprova a idéia de que o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus: parte do próprio homem em si mesmo e da Bíblia. Vale frisar que aparentemente esta “resposta” que a religião oferece sobre a origem do homem seja “banal” ou, até mesmo, “infantil”, mas a verdade é que isso é resultado de uma tradição que em tempos remotos tinham esta resposta como satisfatória sobre as suas respectivas questões. Ainda, numa ótica holística, o homem é um ser amado pelo seu criador, ou seja, Deus.

Ainda com toda esta “tecnologia científica”, ela é apenas intermediária. Mesmo que haja variados mecanismos, nenhum deles irá dar respostas que abarquem o ser humano por completo. Afinal de contas, a consciência é um aglomerado de mistérios que são indecifráveis para qualquer tipo de explicação ou demonstração.

Já a bioética enfrenta o desafio de tentar oferecer resposta sobre o período exato da existência humana. Alguns sustentam que nem todo ser humano são pessoas humanas.

Diante disto tudo vale colocar a seguinte questão: qual é o significado da pessoa humana? Este, o ser humano, é o resultado de uma evolução histórica que ganhou uma velocidade incrível. Mas na verdade é difícil definir o que é, verdadeiramente, o ser humano. Posto que ele é um amontoado de coisas num único ser. Há aqueles que continuam com a concepção de homem do período grego, já outros que preferem a noção cristã de homem.

Pois bem, não quero parecer chato e nem “questionador barato” de temas vivenciados por nossas vidas, como por exemplo a vivência religiosa. Mesmo porque já fui seminarista e amo a Igreja Católica, apenas questiono alguns padres que mal sabem o que falam. Acho que há padres que não se preparam como deveriam, ou seja, se deixam levar pelos aparentes prazeres e não cumprem com vossas funções. Conheço padres legais e que se preocupam com o bem estar das pessoas. Mas, infelizmente, conheço outros que não merecem a palavra “padre” antecedendo os seus nomes. Poderia citar muitos nomes aqui, mas prefiro que o leitor faça o julgamento por si mesmo.

A tristeza reside em meu peito quando me deparo com situações desagradáveis envolvendo a Igreja e os seus pastores. Estes deveriam ser pessoas integras e espiritualizadas, bem como dotadas de condições tais que dê possibilidade para enfrentar problemas da vida. Acho que se Jesus voltasse para a Terra a primeira pessoa que ele chicotearia seria o Papa, depois alguns Bispos e, por fim, alguns Padres. Sabem por que digo isso? Porque o exemplo de vida religiosa tem que vir daqueles que se comprometeram em vivenciar, de forma radical, ao chamado de Cristo.

Ora, ora, quem diria... estou terminando a minha singela reflexão. Tenho certeza que muitos odiaram o que escrevi e estão dizendo: quem este cara pensa que é para escrever estas coisas? Vejam, sou ninguém que mereça apresentações vangloriosas.

Thiago Marques Lopes
Enviado por Thiago Marques Lopes em 06/09/2011
Código do texto: T3204377