Jornalismo - Porque sim não é resposta
Todo cidadão necessita fazer uma escolha na vida em determinado momento. É um tempo em que não se conta ou se releva como prioridade a cronologia em si: no passado, presente ou futuro. E eu explico.
É a hora em que ele entende que certos ciclos já se foram. Eles estão no passado. Compreendendo que não importa tanto assim o futuro. Se acompanhar minhas palavras, entenderá por quê.
O que passa a ser prioridade na sua vida é o presente. Percebendo que o passado já fora vivido, lido e assistido pelas pessoas de determinada época. Entenda também, caso se permita.
As cenas que compuseram aquele instante. As fotos e os fatos. As imagens e vozes gravadas e editadas. Os textos escritos. Todos estes, tornaram-se arquivos. Memórias. Que são preservadas. E para quê? Saiba que você ainda está aqui. <-
Lá: no futuro – acaba-se tomando, por experienciação própria ou coletiva, não passar de uma quimera. Ou utopia. Ou ainda, idealização. Para simplificar. Vendo-se que planejamentos, apesar de importantes, podem ou não se tornarem concretos. O que não impede a ninguém de continuar sonhando.
Mas, quando se opta por não se viver apenas de construções oníricas, e se diz sim também à realidade. Ao escolher-se ter tanto na base quanto no topo da pirâmide (invertida, se assim preferir) situações tangíveis, dá-se a oportunidade de não mais se abstrair e sim somar o que nos circunda.
Permite-se não apenas ser um espectador, leitor, ouvinte ou expectador do que já aconteceu. E também não nos delimitamos em um futuro que, de certo modo, encontra-se em planos. Essenciais para que haja uma organização considerada às metas que pretendemos cumprir.
Preste atenção, entretanto, que quando se está no meio de fatos, tem-se o presente de se estar constantemente no presente. Onde as situações vão surgindo. Apresentando-se das mais diversas maneiras. A partir dos mais variados pontos-de-vista. Além de muitas das vezes se ter a grande oportunidade de acompanhar tudo ao vivo. Então você se sente vivo!
No sentido de que você se torna um agente transformador do meio. Aferindo à atualidade o passado e o futuro. Ao que já se foi, torna-se uma ferramenta valiosa para se entender os padrões de uma época. “O que, Quem, Quando, Onde, Como e Por quê?” E daí? É que algumas questões do passado, ao serem criticadas, norteiam a favor do nosso presente e nos levam a um futuro que esperamos ser o melhor.
A partir dos registros, da observação e da análise dos fatos, adquire-se o senso crítico individual. Valendo-se de quão importante é compartilhar estas informações vivenciadas pela sociedade e que a ela compete. Criando-se destarte (desse modo) o senso crítico coletivo.
Afirma-se, consequentemente, as bases da cidadania. Dos seus deveres. Dos seus direitos.
E, se atualmente, há diversas opções de querer ser um, apenas mais um ou somente um, a ter conhecimento e informação, a pessoa está certa. É um direito conquistado.
Entretanto, outras optaram, no decorrer das suas vidas, a compartilhar informações com todos que se dispuserem a saber sobre os fatos. E como estes influenciam em nossas vidas. Aos que necessitam entender “por que causa, motivo, razão ou circunstância”, a realidade nossa hoje, não é a de tantos anos atrás. Ou talvez, não será a de tantos anos a frente.
E essa opção rima com vocação.
Nós sabemos que o “ontem” pode dar um bom romance ou livro de história. Ou pode apenas servir para limpar vidros e empacotar bananas. E que o “amanhã” na verdade, já está começando a ser feito hoje.
E hoje – só hoje – os fatos são o que são. Fatos. Podendo se tornar notícias. É o nosso cotidiano. De todos. O dia-a-dia. Que pode render uma boa matéria, de alta repercussão. Outras, se na atualidade não, depois, dependendo do olhar mais atento, sim.
E a pessoa que decide por esta escolha pode ser qualquer cidadão (caso queira). E também nós: jornalistas. Por dever. Ontem e hoje.
E o amanhã?
Começamos a fazê-lo hoje.
Parabéns aos jornalistas!