A CRIMINALIDADE E A CONDUTA HUMANA
O aumento da criminalidade tem tomado proporções alarmantes. A cada dia, a violência desencadeada pela vida no crime se intensifica, causando medo, revolta, angústia e dúvidas de quais seriam as causas e soluções para aqueles que começam a se envolver com um caminho na maioria das vezes, sem volta.
Inegavelmente, o núcleo familiar e os valores sociais e de conduta são âncoras que auxiliam para a formação de todo e qualquer individuo, mas que estão perdendo importância na sociedade atual. A maioria dos criminosos vêm de famílias destruídas ou com histórico de violência e dessa forma, não garantiram ou quiseram uma formação que os fizesse pensar como alguém digno e disposto a construir a vida honestamente.
O meio em que determinada pessoa está inserida, e a percepção que ela começa a ter pela sociedade, conduz para a sua perspectiva como cidadão. A percepção visual e auditiva diante cenas explícitas de criminalidade influenciam uma criança, por exemplo, desde cedo a querer se espelhar no poder que vê diariamente e na condição social estabelecida.
O uso de drogas também é um grande motivo para aqueles que se envolvem com o crime. A dependência e a maneira incontrolável de lidar com a substancia química, faz o individuo a ser capaz de cometer as mais cruéis ações, como por exemplo, roubar, assassinar, assaltar e direcionar a sua vida, somente em função do crime pela busca da felicidade residida nas drogas.
A mídia contribuindo para o empobrecimento moral do ser humano. A emergência da TV como meio privilegiado de comunicação social, coincidiu com o aumento dos índices de criminalidade no Ocidente. O foco dos programas de TV nas notícias de interesse nacional, o realce dado ao tema do crime associado à simpatia demonstrada às vítimas que sofrem nas mãos de criminosos, que transformaram por completo o modo como a classe-média percebe o problema da criminalidade no país.
Todavia, é um engano pensar que somente a população mais pobre, se envolve com a criminalidade especialmente devido às influencias deterministas, por exemplo. Há muitos casos nos quais os cidadãos de classe media alta, que obtiveram uma boa formação familiar e estão em um ambiente que não o influencie a nada, também começarem ser criminosos. A essa perspectiva, cabe uma análise psicológica e de consciência pessoal do individuo.
As chances de alguém que se envolveu com o crime são praticamente impossíveis de serem revertidas a sua conduta como um “novo” ser humano. O ideal é desenvolver políticas publicas que auxiliem muitas crianças e adolescentes que já estão em um meio de grande influência criminal, a pensarem na escola, conscientizando-as que apesar de tudo o que as mesmas vêem e vivem há ainda uma esperança de construir a vida de forma honesta, sem criminalidade drogas e violência.
Logo, é preciso fortalecer a estrutura familiar, que a exclusão e a desigualdade social dêem lugar a oportunidades, especialmente no setor educacional, pois só através dele pode ocorrer a mobilidade social que muitos procuram no crime. A formação precoce e uma educação voltada para a solidariedade, as atitudes afetivas, a colaboração e o reconhecimento dos direitos do outro, que o ser humano se torna um ser ético, livre da criminalidade tão prejudicial para a vida e geradora de tantos desastres na sociedade.