A NECESSIDADE DA FRAQUEZA DIANTE DE DEUS

Ouvimos de toda parte pessoas dizendo que não são nada, ou são menos que o nada, diante de Deus. Vamos pensar um pouco sobre esse assunto. Temos dois motivos para distinguir que foi o homem e não Deus que instituiu essa afirmativa. O primeiro deles, registrado pela religião, de que somos a imagem e semelhança de Deus; o segundo, que foi o próprio homem que, diante de Deus, afirmou a sua própria limitação e fraqueza.

Entendendo-se que, além de tudo, concebemos Deus enquanto necessidade do homem para explicar as coisas que existem e não são provindas do próprio homem, entendemos a idéia de fraqueza por dois motivos principais. O primeiro, justamente por conceber Deus o autor de acontecimentos que estão além da capacidade humana. Então somos mais fracos porque existe algo que estabelece coisas maiores que nós. É, portanto, um ser mais capaz que nós. Segundo, atribuir nossa fraqueza em relação a Deus é uma fonte de justificativa e apoio das nossas falhas. É uma necessidade psicológica e cultural. Um ser que nos compreenda e perdoe, e lance os dados para dar-nos mais uma chance de conserto das coisas.

Na essência, somos iguais a Deus, e ele nasceu a partir do nosso pensamento e necessidade de tê-lo. Fazer-se mais fraco do que a idéia que criamos é tão necessário para nós que instituímos tal fato como verdade absoluta, tanto que a própria idéia de Deus é a idéia mais forte da nossa mente. Até os ditos ateus pronunciam um “graças a deus” de vez em quando.

damiaoaraujo
Enviado por damiaoaraujo em 21/08/2011
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