Ainda não é noite na praia dos sonhos
Os pés pisando a areia fofa, semelhante ao travesseiro de minha cama. O Sol, atrás da montanha, brilhava em tons doces de laranja que fazia qualquer um sentir paz. Em contato com o mar aberto que molhava meus pés através de ondas que íam e vinham, poderia até invadí-lo e descobrir seu interior. Sua água era de um gosto salgado, já engoli muitas vezes, mas o que importava mesmo era o Sol. Até os pássaros-peixes boiavam em seus reflexos na água para se aquecer. Os coqueiros tinham troncos lisos, quase iguais à parede de um prédio em Nova Iorque; até eles pareciam estar felizes com aquela cena. As pessoas ali presentes, cada uma com um pensamento, transformavam aquela imagem em uma sensação: a pureza de um céu que não é dia e de um dia que ainda não é noite.