Teatro de terror.

Já pararam para perceber como a nossa vida é parecida com um teatro? Entra em cena, inúmeros Shakespeare's apaixonados que dizem juras de amor para várias Julietas e as encantam (ou iludem). Logo em seguida, na próxima cena, quando a vida está magnificamente perfeita, aparece a bruxa má que nos oferece uma maça envenenada (ou no nosso caso, uma suposta “oportunidade” diferente) e a nossa inocência fala mais alto e nos faz aceitar. A conseqüência é que nós nos transformamos em cisnes negros, indefesos e ao mesmo tempo destemidos, com a falsa convicção de que não precisam de ninguém para viver. Ou então, a velha bruxa má nos faz cair em um sono profundo, que nos faz esquecer-se de tudo ao redor. Mas a nossa “sorte” não para por ai… Descobrimos também que nossa única solução de libertação se encontra em um príncipe egocêntrico, que só anda à cavalo por que tem muita preguiça de andar à pé. Mas não se preocupe, afinal de contas, essa peça sempre termina com o maldito “Felizes Para Sempre”. E é claro, com os aplausos ofegantes e intermináveis da platéia, que nos assiste em silêncio.