Um olhar diferente...

Uma jovem me disse que ficava muito triste quando os pais a levavam nos fins de semana para a fazenda.

Então eu lhe fiz a seguinte proposta:

_ Leve um amigo ou amiga junto com você, ande a cavalo, olhe o entardecer, nade no rio, veja a beleza do campo, o cheiro da vida,...

_ Lá eu só vejo mato e nada disso é divertido, meus amigos não gostam disso. Foi à resposta.

_ Quando eu era criança sentia uma melancolia nos fins de tarde, um dia minha mãe me pegou chorando e me perguntou por que eu chorava, eu lhe disse que não sabia, e sabe o que ela respondeu?

_ Não! Disse a jovem.

_ “Te darei uma surra e você logo saberá por que chora.” Hoje sinto essa melancolia que é saudade, mas hoje sei muito bem do que tenho saudade, sinto saudade de meus avôs queridos que na fazenda moravam. Sinto saudade do cheiro da terra, a liberdade dos campos, do vento batendo em meu rosto enquanto cavalgava, do rio de água gelada, das árvores que me serviram de casinha, mas a saudade mais profunda que tenho era dos tesouros que lá deixei: MEUS AVÔS! Você não vê a beleza do campo então veja a beleza desse casal de velhinhos que te amam muito, seus avôs.

O tempo passou, a jovem passou a chegar na fazenda e ficar horas e horas conversando com os velhos avôs e descobriu histórias maravilhosas que a fazem desejar que o fim de semana chegue para que ela possa vê-los novamente.

Às vezes basta um olhar diferente para compreendermos a beleza das coisas.

Um imenso abraço fraterno!