EU, EU MESMA E MINHA ALMA.
Às vezes me pergunto quem sou eu, às vezes me enrolo e me entroso em minhas próprias palavras, fico fascinada com o que é que guardo dentro de mim e espantada quando não me reconheço em minhas próprias obras.
Metade da minha vida - o que não é muito devo confessar – foi voltada para as letras, desde que me entendo por gente crio personagens e vivencio uma história a cada dia, acho que me encontro melhor em uma história inventada do que na própria realidade. Sou do tipo de garota que não se importa com o que pensam, falo palavrão adoidado, não tenho um corpo perfeito e tão pouco sou amadurecida o suficiente para dizer-me dona de mim mesma.
Sou ciumenta, possessiva, obsessiva, impulsiva, não sou nenhum pouco feminina, falo palavrões a Deus dará, adoro uma briga, sou do tipo que fala "Vai lá com ela" querendo matar por dentro, faço bico, faço manha, sou carente demais...
Está bom para você ou quer que eu continue? A lista é gigante!
Adoro jogar videogame, odeio salão de beleza, salto alto faz meu pé doer, por isso eu tiro eles no meio na rua e ando descalça mesmo, uso camisa xadrez, chinelo e meia, dou risada alta, se me convidar para sair não vou comer alface, vou pedir um prato de massa lotado e ainda revogarei minha sobremesa, bebo até cair e quando caiu bebo mais um pouco, quando fico doente fico pior do que criança, sou infantil, insegura e birrenta...
Tem mais, estou dizendo!
Sou controversa, se gosto de uma pessoa fico puta com ela muito fácil, se não gosto ou sou neutra e sou tranqüila ou indiferente e sarcástica. Sou incompleta demais, tenho medo de me apegar às pessoas e quando me apego geralmente eu faço de tudo para a pessoa me odiar, tenho pavor de relacionamentos, sou autodestrutiva e tenho tendências homicidas do tipo "Quem é aquela vagabunda falando com ele? Eu vou matar..." e eu disfarço isso com "To legal"...
Percebe?
Acreditava no amor até pouco tempo, meu coração quebrado me fez acordar para a realidade. Sou intensa demais com relação a tudo, vou lembrar-me de cada palavra que me disser especialmente as que me magoar, às vezes sou inocente demais e não é por querer, me retraiu muito fácil com tudo e se machuco alguém com minhas palavras fico pior do que a pessoa.
Não me entendo, sou pior do que eu pensava, uma incógnita para mim mesma e um desfrute a olhos alheios, dezenove anos e uma mente conturbada, formada, aceitada dessa maneira.