A violência na história
(Trabalho de Sociologia)
Nas épocas mais longínquas, antes da gênese de quaisquer organizações política e social, seres animalescos que dos quais o homem moderno evoluiu, denominados hominídeos, eram nômades e viviam em grupos com uma média de 20 membros. A violência era a forma natural que esses nossos precursores encontraram para lutar pela sobrevivência, através de relações dissociativas que eram estabelecidas entre grupos ou animais de menor porte, disputavam privilégios alimentares e locais. Com o correr dos milênios e o miraculoso desenvolvimento do cérebro e pensamento humanos, o surgimento dos preceitos da moral e da ética ocasionou que a prática de violência se tornasse negativa e prejudicial ao ser civilizado.
A violência tomou novas formas: a verbal, psicológica, física e sexual. As mesmas dissociações violentas dos primatas continuaram a acontecer entre os homens em toda a história global, através de revoluções, guerras e chocantes genocídios onde a motivação era luta de classes, a busca de territórios e a idéia de raças superiores. Na contemporaneidade pode-se atribuir, sobretudo o aumento da violência, ao sistema capitalista que massacra as camadas pobres e infla a classe dominante, causando o que é chamado de desigualdade social. Hoje, de maneira abrangente em todo o mundo ocidental, a forma de violência mais temida é o terrorismo oriundo de grupos extremistas, o que já causou a guerra ao terror, apesar de seus motivos diversos; nesse contexto, o aforismo que diz que violência gera mais violência torna-se real e presente. O fator ambiental e genético pesa no caráter e formação ética do indivíduo violento, se firmando na observação e análise científica, vemos que uma parcela da sociedade vive em ambientes hostis e com forte apologia a violência como, por exemplo, as favelas dominadas pelo crime organizado; já foram feitos estudos na área biológica em que se concluiu que algumas pessoas já têm predisposição a serem malévolos.
Num mundo impiedoso e incompreensível em que a trivialidade relativa a essa problemática social só ascende, a paz utópica sonhada por muitos vira algo ilusório. O poder que a violência exercem sobre nós gera o inconformismo causado pela nossa incapacidade de reação. Esse grande dilema é categoricamente insolucionável, levando em consideração que ele está arraigado nas características do ser humano, dentro de sua herança evolutiva, todavia, pode ser diminuído de forma acachapante se tomadas às providências cabíveis pelos devidos responsáveis da representação política, como por exemplo, a promoção da cidadania na família, que é de fato, é a célula da sociedade e de onde provém grande parte da formação pessoal de cada um.