Historieta: Os traídos... (Cap. XI - Final)
Ana havia colhido muitas informações junto aos vizinhos e até mesmo com uma jovem que não gostava de Joana.
Repassou todas as informações para Clara, mas lhe disse que seria impossível fazer a contratação de Joana, pois a empresa não poderia arcar com mais um funcionário.
_ Tudo bem! Eu conversei com meu esposo e posso resolver seu problema.
_ Como?
_ Podemos criar uma bolsa dentro da sua empresa, eu faria uma doação para que você pudesse treinar novos funcionários, a sua empresa receberia alguns benefícios e a do meu esposo também.
_ Mas ela não se encaixa num programa de aprendiz.
_ Mas se encaixa num programa de tutela ou proteção, já que ela tem um filho e sem emprego se encontra correndo risco e colocando a vida e a infância dessa criança em risco, entendeu? Ela não tem família, não tem emprego e precisa manter-se, então ela está qualificada para o programa, certo?
_ Certo! Mas isso é possível?
_ Sim! E depois a idéia pode até influenciar outras pessoas e empresas já imaginou.
E assim foi feito. Joana aceitou o emprego, aprendeu a amar e a respeitar Ana e sua história. Sempre se sentia envergonhada por já ter sido a amante de alguém.
_ Já lhe disse minha jovem, quem vive de passado é museu, deixe a culpa de lado e repare os erros. Jesus sempre dizia: “A tua fé te salvou!” Era o acreditar que podíamos mudar de vida e Ele fazia uma recomendação: “Não voltes a pecar, para que algo pior não te suceda!” O que isso nos diz: “Que temos que manter a nova rota que escolhemos!” Entendeu? Dizia Ana sorrindo para Joana quando essa se deprimia com as lembranças do passado.
A vida seguia seu rumo e o tempo passou, Joana se casou e se tornou ótima profissional, e sempre recomendava que o trabalho digno honra o ser humano sempre.
Anos mais tarde descobriu que Clara e Cláudio foram os patrocinadores de sua nova carreira e que muitos dos presentes que André recebia vinha das mãos deles, e ela lhes ficou grata pelo socorro providencial apesar de seu passado.
Clara e Cláudio se reconquistaram; Ana e Marcos reencontraram o equilíbrio e o amor fraternal, que os possibilitou viverem juntos como companheiro que apesar de não se encontrarem intimamente, se amam e se respeitam com irmãos da jornada, cheios de deveres e compromissos assumidos, que vibram juntos a cada vitória conquistada.
“O bom cristão sempre luta pela reabilitação dos seus irmãos e pela vitória, jamais pela derrota ou pelo sofrimento!”
Um imenso abraço fraterno!