Estresse: o mal da sociedade do século XXI
Carro do ano. Casa de luxo. Celular de última geração. A valorização do mundo das coisas cresce na mesma proporção da desvalorização humana. A excessiva busca de bens materiais gera, em nós, um sentimento de impotência diante de tantas obrigações diárias. A frustração, por sua vez, leva ao estresse, que diminui a qualidade de vida.
Na Grécia Antiga, não bastava ter posse financeira para ser considerado um cidadão. Muitos demiurgos, grandes comerciantes, eram mais ricos que a aristocracia e, ainda assim, não detinham o poder político. Entretanto, com o Iluminismo e a Revolução Industrial, a mobilidade social, por meio da meritocracia, tornou-se comum.
A constante busca pelo desenvolvimento de nossas potencialidades individuais tornou o nosso cotidiano demasiadamente extenuante. A preocupação, nesse contexto, é a maior responsável pelo elevado nível de estresse, que acomete grande parte dos indivíduos de todo o mundo. Tal conjuntura global é preocupante, na medida em que afeta não somente as relações interpessoais, como também a própria saúde. Neurologistas afirmam, por exemplo, que uma pessoa estressada libera uma substância denominada cortisol, que mata 15% dos neurônios do hipocampo.
É necessário nos preocuparmos menos com nossas obrigações diárias. Mais importante do que realizar dez tarefas por dia, é fazer uma, porém com afinco. Como já diziam os poetas árcades, a vida é efêmera e, com isso, devemos aproveitá-la intensamente.