Historieta: Os traídos... (Cap. II)
Depois de certo tempo, Clara percebeu o distanciamento do esposo da família, as viagens se fizeram constantes e não tardou para que ela recebesse um telefonema anônimo.
_ Alô! Disse Clara.
_ Olha, eu só estou ligando porque sou tua amiga...
_ Quem está falando?
_ Seu marido está te traindo...
_ Quem está falando? Perguntava Clara em desespero.
_ Eu estou te avisando. E desligou.
Do outro lado da linha estava Clara aos prantos, e a dita amiga que lhe avisará, era ninguém mais, ninguém menos que a própria Joana, que agora pressionava Cláudio para abandonar a família e vir viver com ela.
Afinal de contas toda a amante quer virar esposa um dia. E aí começaram os problemas de Cláudio.
Clara pegou os filhos e dirigiu até uma cidade próxima da capital, onde morava para se aconselhar com a mãe. Deixou os filhos na casa da irmã e seguiu para a casa da mãe, onde contou tudo o que estava acontecendo: o distanciamento do esposo, a ligação, as viagens, tudo.
_ Minha filha a primeira coisa que você deve se perguntar: é se você realmente quer saber a verdade?
_ Eu quero! Que pergunta mamãe! Respondeu Clara indignada com a sugestão da mãe de ignorar aquela situação.
_ Então você precisa se perguntar: o que fará se for verdade? Vai separar-se, lutar pelo seu casamento, reconquistar seu marido, mata-lo ou mata-los...
_ Credo! Eu não sou uma assassina!
_ Será? Você já pensou com frieza no que gostaria de fazer a esta mulher que invadiu seu lar e roubou tua tranqüilidade emocional e tudo que você ama? E com o teu marido que traiu sua confiança, porque se alguém tem compromissos reais com você esse alguém é seu esposo, e aí?
_ Queria fazer ela sumiu...
_ Como? Isso resolve seu problema? Ou abre a porta para que ele encontre outra? Será essa a primeira ou a décima?
_ Mamãe a senhora não está me ajudando assim...
_ Eu quero te ajudar, mas não posso decidir por você, a vida é sua e você precisa saber o que quer. Sequer a verdade, pra que? O que pretende fazer? E os seus filhos? E os bens materiais? E a sua paz de espírito? Ou você conseguira viver ao lado de seu esposo sabendo que a qualquer momento ele poderá te trair de novo?
Clara abraçou a mãe e chorou, dizendo:
_ Não sei o que eu quero! Mas eu quero algo... diferente... disso que estou vivendo. Dizia ela soluçando.
Sua mãe a abraçou e chorou com ela.
Continua...