Osama morreu?

Recentemente presenciamos a morte do ícone do terrorismo e idealizador do ataque de 11 de setembro às torres gêmeas, Osama Bin Laden. Tal acontecimento representou o triunfo, mais uma vez, dos Estados Unidos, o aumento da popularidade de Barack Obama e a garantia de sua reeleição. Rendeu a Obama também, muito orgulho acompanhado de certa superioridade, tanto que a morte do terrorista foi comemorada,na mesma noite, com direito a discurso do presidente, onde o mesmo cheio de si se orgulhava e satirizava os opositores ao seu governo.

Os créditos,risos e aplaudos dados a Obama foram noticiados em todo o mundo, manchetes, jornais, revistas, o dia que entrou para a história. A tentativa de passar a idéia de que tudo, agora, estava sob controle, o mundo estaria seguro sem Osama. Ideologia. Pura ideologia. As idéias das classes dominantes foram impostas e deveriam ser vistas como verdades.

Não há como negar, é querer tapar o sol com a peneira , ao contrário do que a ideologia estadunidense nos apresenta, o mundo não está seguro. Osama morreu mas as suas idéias vivem e o terrorismo da perfídia fundamentalista que ele plantou será colhido. Apartir de então, o terrorismo não ficará restrito ao Oriente Médio, a imagem de Bin Laden inspira milhares de jovens com uma religiosidade radical, tendendo para a violência e com esse fundamentalismo à flor da pele ao invés de lotarem salas de aula, formam filas quilométricas para serem o próximo homem-bomba, para serem servos do senhor chamado terrorismo.

O terrorismo, de fato, é uma luta ideológica. Motivado por ideologias diferentes, fruto da intolerância e da incapacidades do ser de respeitar e conviver com as diferenças étnicas, políticas, religiosas. O desejo de poder, domínio, fazer prevalecer seus interesses, constituem tal ato.

Não é o fim, o medo continua, quem percebe essa realidade, é rei, tem um olho em terra de cego. O homem deve sair do estado de barbárie, deixar de lado o gosto por matanças. Não precisamos ir longe para obter exemplos, as Farc's na Colômbia, ameaçam a estabilidade de fronteira do Brasil com seus atos de terrorismo.

Esses movimentos negam o status quo e em uma perspectiva dialética, quebram uma ordem desejando estabelecer uma nova realidade. Essa voracidade pelo poder estimula a guerra de todos contra todos. A guerra de Obama contra Osama.