Pé direito ou pé esquerdo?
Para não cair em azar, acabo sempre por colocar os dois pés, ao par, no chão.
Não corro perigo de cair já ao me levantar e nem preciso me preocupar se o primeiro foi o direito ou o esquerdo.
Não sou supersticiosa, mas para livrar-me de enganos, traço planos para o dia.
Nunca cumpro o que planejei porque sempre surgem opções mais interessantes ou mais emocionantes, mas contrariar a gente mesmo é exercício salutar para quando a gente der com os burros- n´agua.
Hoje, pelo menos, segunda boba, não planejei nada de interessante e nem fiz nada de grandioso, mas deixo seguir livre o andar da carruagem.
Metade do dia, deixei correr livre e a outra metade, também terá o mesmo destino.
Estou começando a aderir a semana oficial de Brasília, ou seja, de terça à quinta...
Salvo necessidades urgentes em caso de vida ou morte, não me mexo mais que o necessário para fazer correr o sangue na veia, batucar o coração sem canseira e cumprir o ritual de viver. Coisa que embora em outra instância, tenha denotado sofrimento, é a coisa que mais prezo no mundo.
E sonho que sonhar é bom.
De bom tamanho e bom tom, rabisco o meu diário e depois o calendário que para mim já é vicio e longe de suplicio deglutir mais um dia, é alegria que espero dure mais uma pá de anos.