Cultura Empirista?
Al Qaeda. Taliban. Hamas. Hezbollah. Mais do que fanatismo religioso, esses grupos têm fundamentos políticos, sociais, espaciais. E, ainda que concentrados no Oriente Médio, o terror instala-se em todo o mundo, sobretudo com os ataques do 11 de setembro e com o recente assassinato do líder da Al Qaeda.
Nós, ocidentais, não temos uma forte força nacionalista, a ponto de praticar atos extremistas em favor da pátria. Essa diferença de valores nos faz enxergar os grupos terroristas sob uma óptica preconceituosa, de "violência pela violência".
Para os filósofos empiristas, nossa vida principia-se como uma folha em branco, preenchida pelas ideias e influências da cultura a que estamos inseridos. Do mesmo modo como as crianças alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, eram educadas para ter ódio dos judeus, as crianças islâmicas são criadas para servir ao Estado, mesmo que, para isso, sejam ceifadas milhares de vidas. Até porque, para eles, a concepção de vida é diferente. O que determina, portanto, o terrorismo é a ideologia. Não fosse ela, não existiriam indivíduos altruístas, como os homens-bomba.
A recente morte do maior terrorista do planeta, Osama Bin Laden, nos faz refletir acerca do que é paz. Simplesmente matá-lo não deixou o mundo mais harmonioso. Atacar os sintomas, que Marx denominou de infraestrutura, não resolverá o terrorismo em si, que é a superestrutura.
Não existe uma solução rápida para se combater o terrorismo. E muito possivelmente este perdurará anos a fio, na medida em que seus sustentáculos têm diversas facetas. Todavia, o respeito às diferentes etnias e religiões certamente é capaz de atenuá-lo,a fim de que se quebre a barreira ideológica entre os lados oriental e ocidental.