Querid@ Amig@,
Permita-me...
As letras sempre me encantaram... quando criança, logo que aprendia algo novo, corria a mostrar para minha mãe, adorava ver aquele rosto iluminado de orgulho, lembro-me que ela se sentava e ficava ali, prestando atenção em mim...Um sorriso meio assim: entre o riso e a lágrima...Se tivesse alguém por perto, ela certamente repetia como um oráculo: "minha filha vai ser advogada"! Ela talvez não soubesse, mas os desafios da escola eu não os negligenciava por causa dela, por causa daquele sorriso, do olhar lindo que descia sobre mim, em mil carícias...
Ler, para a minha mãe, era o paraíso! Isso porque ela era analfabeta, como tantas mães e pais que conheci, pais de meus amigos...E, todos, repito, todos os pais, encantavam-se com os filhos, por serem capazes de escrever e ler, algo, que, eles, os pais, com toda a sabedoria que Deus lhes havia concedido, não podiam realizar.
A escola era um santuário. Os Professores intocáveis, ai de um de nós se ousássemos desrespeitar o Mestre! Era surra na certa! Sem perdão! Por sua vez, a escola cumpria o papel dela, educava. Não me recordo de ter ouvido de nenhum dos meus Professores que eu não teria condições de aprender porque vinha de uma família pobre, ou desestruturada, ou porque minha mãe era analfabeta , enfim, a escola não encarava os alunos pobres como "carentes" e "estúpidos". Ontem, tive o desprazer de ouvir uma educadora (?) defender um livro didático, cheio de erros de concordância..Não, erro não...o que estava escrito ali foi pensado, segundo a tal educadora, a lingua do aluno tem que ser "valorizada", sob pena do pobre diabo "sofrer preconceito linguístico". Que ela defenda esta ideia estapafúrdia, eu respeito, todos temos direito de defender o que acharmos melhor, mas que o Ministério da Educação concorde e publique em livros didáticos a tal ideia, ah, isso é outra conversa. A ideia de que o jovem da escola pública é incapaz de aprender, uma estupidez inominável...Quando o Brasil vai dar um basta e encarar a educação como de fato deve ser encarada, com seriedade? Que não soe como grosseria, mas nos últimos anos os jovens de escola pública vêm sendo tratados como "ratos de laboratórios", nas experiência desses senhores que não conhecem o ofício deles, nem tampouco a realidade que nos cerca, a consequência disso é que a cada dia mais, ouvimos a expressão : " analfabeto funcional", é no que estão transformando os jovens, a cada "experiência", que decidem nos escritórios burocráticos em que se escondem, onde se imaginam donos da vida dos outros. O Ministério Público Federal não pode se omitir diante de algo tão grave, tem que agir, e rápido, antes que esses senhores causem um dano maior, entendo que esses "pretensos" educadores cometem crime, por abandono material, por prevaricar de sua obrigação: a educação. É público e notório que os autores daquele livro debocham da finalidade da educação. Um livro que não ensina, não serve! E o que não serve, descarta-se... No caso, que mandem os tais livros didáticos para a reciclagem e, mais, determinem que a tal educadora e seus parceiros façam também a reciclagem da Língua Portuguesa. E, depois, que sejam submetidos à avaliação... Sugiro a obra de Machado de Assis, se eles aprenderem a ler, penso que se apaixonarão por ele... Aprendi que ensinamos aquilo que sabemos, diante do absurdo daquele livro didático, deduzo que os autores do tal livro não sabem ler, tampouco escrever... Não aprenderam a beleza que é a nossa Língua Portuguesa... mais do que isso, eles não aprenderam que a essência de um Mestre é exatamente o poder que ele tem de transformar vidas, de espalhar luz, de lapidar pedras brutas para lhes dar brilho próprio...
Angela...:)
Permita-me...
As letras sempre me encantaram... quando criança, logo que aprendia algo novo, corria a mostrar para minha mãe, adorava ver aquele rosto iluminado de orgulho, lembro-me que ela se sentava e ficava ali, prestando atenção em mim...Um sorriso meio assim: entre o riso e a lágrima...Se tivesse alguém por perto, ela certamente repetia como um oráculo: "minha filha vai ser advogada"! Ela talvez não soubesse, mas os desafios da escola eu não os negligenciava por causa dela, por causa daquele sorriso, do olhar lindo que descia sobre mim, em mil carícias...
Ler, para a minha mãe, era o paraíso! Isso porque ela era analfabeta, como tantas mães e pais que conheci, pais de meus amigos...E, todos, repito, todos os pais, encantavam-se com os filhos, por serem capazes de escrever e ler, algo, que, eles, os pais, com toda a sabedoria que Deus lhes havia concedido, não podiam realizar.
A escola era um santuário. Os Professores intocáveis, ai de um de nós se ousássemos desrespeitar o Mestre! Era surra na certa! Sem perdão! Por sua vez, a escola cumpria o papel dela, educava. Não me recordo de ter ouvido de nenhum dos meus Professores que eu não teria condições de aprender porque vinha de uma família pobre, ou desestruturada, ou porque minha mãe era analfabeta , enfim, a escola não encarava os alunos pobres como "carentes" e "estúpidos". Ontem, tive o desprazer de ouvir uma educadora (?) defender um livro didático, cheio de erros de concordância..Não, erro não...o que estava escrito ali foi pensado, segundo a tal educadora, a lingua do aluno tem que ser "valorizada", sob pena do pobre diabo "sofrer preconceito linguístico". Que ela defenda esta ideia estapafúrdia, eu respeito, todos temos direito de defender o que acharmos melhor, mas que o Ministério da Educação concorde e publique em livros didáticos a tal ideia, ah, isso é outra conversa. A ideia de que o jovem da escola pública é incapaz de aprender, uma estupidez inominável...Quando o Brasil vai dar um basta e encarar a educação como de fato deve ser encarada, com seriedade? Que não soe como grosseria, mas nos últimos anos os jovens de escola pública vêm sendo tratados como "ratos de laboratórios", nas experiência desses senhores que não conhecem o ofício deles, nem tampouco a realidade que nos cerca, a consequência disso é que a cada dia mais, ouvimos a expressão : " analfabeto funcional", é no que estão transformando os jovens, a cada "experiência", que decidem nos escritórios burocráticos em que se escondem, onde se imaginam donos da vida dos outros. O Ministério Público Federal não pode se omitir diante de algo tão grave, tem que agir, e rápido, antes que esses senhores causem um dano maior, entendo que esses "pretensos" educadores cometem crime, por abandono material, por prevaricar de sua obrigação: a educação. É público e notório que os autores daquele livro debocham da finalidade da educação. Um livro que não ensina, não serve! E o que não serve, descarta-se... No caso, que mandem os tais livros didáticos para a reciclagem e, mais, determinem que a tal educadora e seus parceiros façam também a reciclagem da Língua Portuguesa. E, depois, que sejam submetidos à avaliação... Sugiro a obra de Machado de Assis, se eles aprenderem a ler, penso que se apaixonarão por ele... Aprendi que ensinamos aquilo que sabemos, diante do absurdo daquele livro didático, deduzo que os autores do tal livro não sabem ler, tampouco escrever... Não aprenderam a beleza que é a nossa Língua Portuguesa... mais do que isso, eles não aprenderam que a essência de um Mestre é exatamente o poder que ele tem de transformar vidas, de espalhar luz, de lapidar pedras brutas para lhes dar brilho próprio...
Angela...:)