MÚSICA SOCIAL
Caminhando pela vida encontrei a estrada musical desde muito cedo. Tocava, na infância, flauta doce, e ainda hoje toco, de vez em quando. No ano de 2004 iniciei uma verdadeira trajetória que até hoje existe, e cresce a cada dia mais, de um jeito todo social. No começo, não tocava outro instrumento e fui aprendendo canto. Alguns meses mais tarde e tive aulas de teclado na escola em que estudava, a Tendinha Cultural. Descobri meu dom: ele residia no universo das teclas. Comecei pelo teclado e findei no acordeom. Foi uma luta pouco difícil, tendo em vista que saber bem a matemática ajuda bastante na música – não findemos a teoria, com a licença das devidas exceções – porque ela é teoricamente matemática.
Pulando alguns meses, data em que não calculo, começamos, eu e a turma que fazia parte da escola, especialmente nosso mestre Ohniram, a fazer trabalhos sociais. A própria escola já é social, porque não cobrava mensalidades ou quaisquer ônus a seus alunos, exceto a cobrança por um comportamento exemplar e dedicação com os estudos e as pessoas com as quais cada um se relaciona. Isso é cultura e sociedade. Um trabalho cultural e social. Enfrenamos muitas dificuldades porque recebemos poucas doações, mas o trabalho segue até hoje, vivo forte, prova de que alguém lá em cima deseja continuidade para esse trabalho.
Atualmente, sou integrante da banda da Tendinha Cultural, professor da referida escola e ainda aluno, porque a cada dia vamos aprendendo mais e mais, uns com os outros. Tocamos em aniversários, escolas e igrejas sem cobrar nada pelo serviço. Cobramos em outras ocasiões e o preço não sai caro. É variável e negociável. Nossa música é social, porque não cantamos a violência ou letras preconceituosas. Inserimos a cultura do sertão, com Luiz Gonzaga, por exemplo, mas passeamos no mundo MPB, nos Sambas e Rocks da vida. Nosso palco é o mundo e o nosso maior fã e Deus. Ele, nossa força e vitória!