A favela é a nova senzala
A Favela é a nova Senzala
A intensa urbanização no decorrer do século XX e XXI especialmente no que se refere à industrialização dos grandes centros urbanos tem ocasionado a migração de muitas pessoas que vieram às cidades em busca de trabalho. Algumas vezes os indivíduos desprovidos de condições sociais favoráveis para assumir sua sobrevivência, acabam por habitar locais isentos de qualidade de vida.
As favelas são os únicos lugares que cabem à maioria dessas pessoas que não possuem condições financeiras suficientes para se instalarem em habitações dignas de sobrevivência. A favela pode ser metaforicamente chamada de senzala da atualidade, pois abrange todos os constituintes das más condições de vida registradas na época da escravatura.
A falta de políticas públicas, tais como: tratamento de água e esgoto, planejamento de construção civil – grande fator para ocasionar enchentes e deslizamentos de terra – más condições de higiene, falta de segurança e os riscos de vida, no que se referem aos assassinatos, roubos e assaltos, são constantes elementos que se fazem presentes na vida de muitos moradores de favela.
Grande parte de seus habitantes, sobrevivem de empregos autônomos sem renda mensal fixa, as famílias se desenvolvem na maioria das vezes desestruturadas, pois, partindo de uma visão determinista, o meio pode influenciar o comportamento das pessoas que ali se encontram.
Sendo resultado da má distribuição de renda e do déficit habitacional no país, para garantir, melhores condições de vida nas favelas, deve haver intervenção política, especialmente em projetos para solucionar os problemas seja de infra-estrutura, seja social. Logo, é dever das autoridades assumirem responsabilidade diante dessas pessoas que se encontram as margens das cidades, pois além de não terem condições sociais para habitarem um local melhor, são muitas vezes excluídas, da sociedade, assim como nas senzalas da época da escravidão.