A inclusão do faz de conta...

Existe um artigo na Constituição que diz assim: “Todos são iguais perante a lei, ressalvadas as diferenças!”

Esse artigo é usado na defesa de político corrupto, de juizes, de legisladores de má índole e para a defesa de alguns assassinos, maníacos, ou qualquer barbárie praticada contra a sociedade.

Ouvi relatos de bons professores, de coordenadores e pais de alunos muito tristes e preocupados com a situação de seus filhos, crianças com síndrome de DOLL, surdo, cego, com deficiência mental, que segundo a lei estão inclusões no sistema de educação normal de NOSSO PAÍS, será isso verdade?

Uma professora me disse muito chateada:

“_ Eu tenho 25 alunos em sala, não sei LIBRAS, e quando um aluno não vem na aula, o outro não compreende o que eu digo, se o coleguinha falta, já era, ele fica ali de corpo presente!”

_ Mas e a tal ADI (ou seja, a pessoa que deve auxiliar o professor que tem crianças especiais em sua sala de aula)?

“_ Nem sabia que existia tal criatura!”

Essa professora não é ruim, mas não conhece o sistema, aprendeu alguns gestos com o próprio aluno, trabalha três períodos para completar a renda familiar, mas e a lei? Qual lei?

A lei que enfia uma criança, cuja própria denominação é ESPECIAL em uma sala com professores sem treinamento e o pior sem paixão para praticarem aquele tipo de atendimento, ou sem tempo e sem motivação para aprender.

Alguém conhece o trabalho das APAEs? Vocês conhecem os profissionais contratados para as APAEs? Pois é conheço uma, ela se especializou em atender crianças especiais, aprendeu um pouco de psicologia para atender pais e crianças, trata as crianças com AMOR, em sua sala de estudo tem 5 crianças, ela sabe o que está fazendo.

Esta é a grande diferença, querem fazer a inclusão? De verdade?

Tragam a APAE para as escolas montem duas ou três salas preparadas especialmente para esses alunos, criem espaços de convivência comum entre os alunos da escola; criem atividades onde eles possam interagir, mas não joguem-nos numa sala de aula qualquer, de qualquer escola, com o primeiro professor que aparece pela frente ou com aquele cuja direção não se afiniza (só para punir o professor que pensa diferente do comando da escola); é parece piada, mas tudo isso acontece!

Ouvi o relato emocionado de outra professora:

“_ Eu não sabia LIBRAS, mas fui aprender; no segundo ano de serviço colocaram em minha sala, além de dois surdos, uma criança com deficiência mental muito agressiva e que apesar de seu pequeno porte batia como gente grande, alguns pais até trocaram seus filhos de sala, a direção cobrava de mim mais pulso; fiquei doente, pois de repente percebi que não era tão boa professora, me afastei da educação, passei em um outro concurso e fui trabalhar no judiciário e nunca mais voltei para uma sala de aula apesar dos elogios dos pais e do amor das crianças!”

O professor além de saber lidar com as situações reais da realidade dura da sala de aula, tem também que aprender a lidar com suas emoções, sentimentos, angustias e frustrações por conta de um sistema EMBURRECIDO de EDUCAÇÃO.

Incluir é preciso, mas a inclusão requer RESONSABILIDADE, COMPETÊNCIA, INTELIGÊNCIA DE AÇÕES e PRINCIPALMENTE AMOR, MUITO AMOR.

A lei existe, mas é preciso considerar a ressalva maior, porque eu enquanto mãe jamais me sentiria segura de deixar meus filhos nas mãos de instituições de FAZ DE CONTA e você?

Pense, reflita, busquemos soluções e as apresentemos aos nossos governantes.

Um imenso abraço fraterno!