O pior dia

Naquele dia eu acordei bem cedo, me arrumei e preparei o café dela.

Em poucos passos cheguei onde ela se encontrava, lhe dei bom dia e servi o seu café. O cardápio, se me recordo bem, era um copo de leite acompanhado com pães de forma. Ela comeu pouco e me agradeceu. Eu caminhei até a cozinha e lá arrumei as coisas, enquanto isso ela permanecia deitada, observando a televisão e comentando algumas coisas comigo. Na noite anterior algumas pessoas se reuniram à ela para convesar com o Pai. E como se faltasse apenas isso para que ela descansasse em paz, naquela tarde, aquela linda mulher pediu para que me retirasse de sua casa. Não queria exatamente sair, mas ela disse que estava tudo bem e que me amava. Sem lhe dar ao menos um beijo virei e sai. Passado trinta minutos lá estava eu chorando e ela partindo em um carro vermelho e branco. Aquela noite nunca vou esquecer, eu dormia quando o telefone tocou e a notícia de ter perdido ela me abateu. Eu chorei e sofri, daquele dia nunca me esquecerei. Eu a vi em uma caixa, seu corpo coberto de flores e sua aparência muito serena. Minhas lágrimas caíram sobre ela e então ela partiu para sempre, ficando apenas no meu coração.

Aquela mulher se chamava Neusa Rodrigues e eu sou a Geyse sua sobrinha.

Passe o tempo que for a saudade nunca vai passar.

GEYSE NASCIMENTO MUNIZ SILVA
Enviado por GEYSE NASCIMENTO MUNIZ SILVA em 29/04/2011
Reeditado em 30/04/2011
Código do texto: T2939354
Classificação de conteúdo: seguro