Solução inusitada para o problema real

Ao referir-se ao bullying, a mídia põe foco naqueles que sofrem e, pela exclusão e humilhação sofridas, acabam tornando-se pessoas deprimidas, antissociais ou até violentas, mas deve-se levar em consideração que essas pessoas, na maior parte das vezes, eram perfeitamente normais antes de sofrerem tal forma de violência e, por conta disso, acabaram por ficar com distúrbios psicológicos.

Aquele que pratica o bullying, geralmente o faz sabendo das consequências que acometem a vítima e, mesmo assim, o faz com plena naturalidade, o que é preocupante, pois esse tipo de atitude contradiz o senso ético do indivíduo, um senso que toda pessoa deveria ter desde criança. Um adolescente, por exemplo, que se vê no direito de se aproveitar de uma criança menor, apenas com o pretexto de possuir mais força física que ela e, ainda assim, achar natural o que faz, não tem nenhum senso moral, não tem valores, o que não é normal, principalmente se a situação citada ocorrer em um ambiente escolar.

De acordo com os estudos sociológicos de Max Weber, parte das ações dos indíviduos são movidas pelos valores éticos que esse possui e, se uma pessoa não consegue limitar suas ações em função dos direitos alheios, essa não se encontra bem com suas faculdades mentais.

Se houvesse, com a participação e apoio de órgãos governamentais como a ABRAPA por exemplo, a criação de uma instituição cuja responsabilidade fosse cuidar de casos específicos de bullying e ela trabalhasse com mais ênfase na investigação da vida daqueles que praticam a violência, o problema seria resolvido, pois haveriam meios mais plausíveis para o fim da violência de exclusão e, além de ser garantida a segurança das vítimas, os praticantes seriam, de alguma forma, investigados e ajudados.